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Clube de Gatos do Sapo

Este blog pertence a todos os gatos que andam aqui pela plataforma do Sapo, e que pretendem contar as suas aventuras do dia a dia, dar conselhos, partilhar experiências e conhecimentos, e dar-vos a conhecer o mundo dos felinos!

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Quando os gatos mudam tanto que não os reconhecemos

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Já aqui vos falei da gata que apareceu recentemente lá à porta, a ET.

Veio, não se sabe de onde. E tão pouco para onde ia, quando desaparecia.

Aos poucos, foi aparecendo cada vez mais. Até chegar ao ponto de andar por ali diariamente.

Parecia novinha. E muito magrinha, apesar de prenhe.

Tinha um pescoço tão estreitinho, que até fazia confusão, e foi por isso que lhe demos o nome de ET.

 

Quando andava a estender roupa, várias vezes, a par com as turrinhas, vinha uma dentada inesperada no pé, ou na perna, que me recordou a Esparguete. Ela também tinha essa mania!

Mas esta, mordia com mais força. Cheguei a ficar mesmo com a perna negra, inchada e em sangue, à custa da dona ET.

Houve dias em que, mal saía de casa, lá estava ela, e seguia-me por uns bons metros, no meio dos pés, não me deixando andar, e comigo sempre de olho para não me voltar a morder.

Com a confiança que ganhou, até já se põe à porta, a miar. E já arriscou tentar entrar em casa.

 

Desde que teve os filhotes, a mania de morder parece ter passado. Nunca mais voltou a fazê-lo. 

Agora anda sempre ali na rua.

 

Ontem, quando estava a chegar a casa, estava uma vizinha com uma gatinha bebé ao colo. Disse que eram filhas, aquela e outra que uma miúda segurava, da ET. Com elas, estava a miúda, dona da Esparguete.

Por uma conversa que já tinha ouvido, fiquei com a impressão de que talvez a ET não me fosse assim tão estranha, mas achava aquilo muito estranho.

Assim, aproveitei a oportunidade para tirar as teimas. E perguntei à miúda se aquela gata era a que tinham tido ali, quando moraram ao meu lado. E ela respondeu que sim.

 

Ou seja, a ET, a gata magrinha e desconhecida, é a Esparguete que, apesar de nunca ter sido gorda, nunca a conheci com aquele aspecto. Ao ponto de não a reconhecer.

Há uns tempos, por causa da pancada das mordidas, fui mesmo comparar algumas fotos que tinha, e achei que não seria a mesma.

Quando ouvi a conversa da miúda, pensei que pudesse ser alguma filha da Esparguete. 

Mas é mesmo ela.

Não sei o que se terá passado para a deixarem chegar àquele ponto.

Agora, embora não tenha a mesma aparência de quando a conheci, como Esparguete, já começa a parecer menos magra que a ET que nos apareceu meses depois.

 

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A Esparguete, quando era nossa vizinha

 

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A ET/ Esparguete quando voltou a reaparecer, meses depois

 

 

 

A missão da Tica e como ela mudou a minha vida!

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Se é verdade que os gatos têm uma missão na vida dos seus donos, a Tica cumpriu a sua na perfeição!

Antes da Tica, nunca me passaria pela cabeça adoptar qualquer animal, não fazia a mínima ideia de que associações de animais existiam no país ou sequer na minha zona, nem tão pouco o trabalho que desenvolviam.

Eu ainda era do tempo em que eram amigos ou vizinhos que, volta e meia, tinham gatinhos para dar. Tinha sido assim com a Fofinha.

 

A Tica veio despertar o meu amor, adormecido há muitos anos, pelos gatos.

 

Foi quase como se ela me tivesse aberto os olhos, ou as portas para este novo mundo de que hoje faço parte.

Foi graças à Tica que conheci outros donos de gatos, formámos um Clube e, com ele, demos início a acções de solidariedade para com as associações.

Foi graças à Tica (e ao seu noivo Riscas) que hoje eu e a Anabela temos esta relação de amizade.

Foi graças à Tica que, após a sua partida, decidimos adoptar duas gatinhas, dando uma nova oportunidade a quem ainda esperava ter um dia a sua.

Foi devido à Tica, e ao Clube, que conseguimos ajuda para a Becas, quando ela ficou doente.

Foi responsabilidade da Tica, a minha vontade de ajudar mais animais, nem que seja alimentando-os, como faço agora com os meus afilhados.

 

E até terá sido obra da Tica, colocar traços da sua personalidade e características físicas na Amora e na Becas, para que um pedacinho dela esteja sempre connosco!

 

Quando olho para trás, vejo todo o caminho que percorri, sob a orientação da Tica, e só me posso sentir agradecida.

As saudades continuam a ser muitas, e queria muito que ela estivesse cá entre nós, mas a Tica mostrou que é preciso seguir adiante.

Que, como ela, há muitos mais animais a precisar de ser salvos, a precisar do nosso amor e cuidados, e muitas mais pessoas a quem o caminho tem que ser mostrado, para que abram os olhos para a realidade.

E não será preciso ela estar presente para me apoiar e orientar porque, agora, essa missão passa a ser minha. 

A ela, caberão, certamente, outras igualmente importantes! 

 

Obrigada, minha castanhinha!

 

Ser dono de gatos é...

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...observar como, em tão pouco tempo, eles cresceram e mudaram tanto

...observar todas as pequenas conquistas que eles foram alcançando ao longo do tempo

...saber exactamente de que forma eles mais gostam de brincar

...emocionarmo-nos quando os vemos divertidos e entretidos nas suas brincadeiras, e como estão felizes;ou simplesmente, quando dormem aconchegados no nosso colo, confiando-nos a vida

...rirmo-nos quando, na sua inocência, fazem algum disparate e ficam aflitos, ou quando as coisas não correm como eles planearam, e ficam danados, ou fingem que até nem queriam fazer aquilo, só para não dar parte fraca

...perceber o que eles nos querem dizer, e como se sentem, mesmo não falando o mesmo idioma 

 

 

No outro dia estava em casa sozinha. A Becas, que raramente apanha o colo disponível, aproveitou o facto de a Amora andar a brincar para se deitar no meu colo. A uma determinada altura, cheguei a cara ao pé dela e ela, como que agradecida, colocou-me as duas mãos, uma de cada lado da cara, como se estivesse a fazer-me festinhas.

Enquanto isso, a Amora andava atarefada, a carregar um brinquedo na boca, de um lado para o outro, até que os levou para cima do sofá, do outro lado, onde se fartou de dar cambalhotas, fazer o pino, saltar e enrolar as mantas, até que se cansou, e se pôs a olhar com uns olhinhos tristes para o meu colo, que estava ocupado pela Becas, quando é ela que costuma ter direito a ele.

No dia seguinte, deitei-me na parte maior, e já puderam as duas ocupar o colo, uma mais acima, e a outra mais abaixo. Quentinhas, tapadas com as mantas, até se espreguiçavam e esticavam. E o que eu me ri quando a Becas ficou com os pés de fora!

E, porque os pormenores também fazem a diferença, seria impossível não olhar para a Amora, e ver que está ainda mais bonita agora que os bigodes estão compridos! 

 

Sim, sou uma dona babada! E por aí, o que vos faz embevecer com os vossos bichanos?