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Clube de Gatos do Sapo

Este blog pertence a todos os gatos que andam aqui pela plataforma do Sapo, e que pretendem contar as suas aventuras do dia a dia, dar conselhos, partilhar experiências e conhecimentos, e dar-vos a conhecer o mundo dos felinos!

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O mistério da Bolacha

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Encontrei esta bichana um dia à noite, aqui na minha rua. Nunca a tinha visto. Perguntei a uma vizinha que me disse ser uma fêmea. Como é tão parecida com o saudoso Oreo, assumi ser sua filha, e como oreo é uma bolacha (preta e branca), ela terá o nome de Bolacha.

Ela não mia, só sopra quando me meto com ela. É uma graça!

Mas é tão misteriosa que só aparece à noite. Só a vi duas vezes porque é raro sair a noite à rua.

Não sei onde come durante o dia.

Porque é que os donos deixam os seus gatos ir à rua?

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Não vou aqui falar dos perigos, das doenças, dos acidentes e tudo aquilo que já foi debatido por diversas vezes mas que, para alguns donos, são apenas coisas sem importância e que não respeitam os verdadeiros instintos dos felinos, ou então atentam contra a sua natureza.

 

Mas pergunto-me porque é que, numa casa em que a família está fora de casa durante o dia, e só à noite pode aproveitar para estar na companhia dos seus bichanos, esses donos decidem que, durante o dia, os gatos ficam fechados em casa, sozinhos e, à noite, abrem-lhes a porta para irem dar a sua voltinha?

 

Porque é que, no único momento em que podem conviver, os deixam ir à sua vida, sozinhos mas, durante o dia, que passam sozinhos, ficam presos em casa?

 

E como é que arriscam a que os gatos não voltem a horas, e passem a noite na rua? 

 

Não compreendo...

Visita nocturna de uma gatinha

e como D. Branquinho protege as fêmeas

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Ontem à noite, estava eu na cozinha, quando ouvi miar à nossa porta.

Pensei que fosse o Branquinho, embora ele não costume miar daquela maneira.

Como não parava, fui ao quintal. Olhei à volta e não vi nenhum gato.

Entretanto, quando me virei para voltar para casa, vejo-a!

 

 

 

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No início, ainda pensei que fosse a Mia (de uma vizinha), mas não. Esta era mais pequena, e também mais meiga! Dava turras, deixava fazer festas. Só não achou piada quando peguei nela ao colo para tentar levá-la à vizinha.

Deduzi que fosse uma das gatas da minha vizinha do lado. Não tinha muita fome, embora tenha petiscado um pouco de comida.

Parecia mais assustada, a pedir desesperadamente para alguém lhe abrir a porta.

 

 

 

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Como a gata não parava de miar, decidi ir perguntar à vizinha se realmente era dela. Toquei à campainha, mas nem sei se estava a funcionar. Na dúvida, bati à porta. Ninguém abriu.

Calculei que já estivessem deitadas, porque acordam cedo e, com crianças pequenas, já se sabe.

Mas fez-me confusão.

Mesmo não sabendo que a gata tinha saído de casa, não a ouviriam miar? Ela andava ali entre a porta delas e a nossa, não sossegava e, às tantas, de tão alto que miava, até parecia que estava dentro da nossa casa.

Não lhe deu para vir à porta, só para confirmar? Ou ser-lhe-á indiferente?

 

 

Eu não a podia deixar entrar na nossa casa, até porque as nossas gatas estavam de plantão ali à porta. Seria uma guerra. E um perigo.

Acabámos por nos ir deitar mas, hoje, assim que chego à cozinha, ainda antes das 7 da manhã, lá estava ela de novo a miar, a andar de um lado para o outro para alguém lhe abrir a porta.

Ainda assim esteve, mesmo depois da vizinha estar levantada. Mas parece que, antes de saírem de vez, a puseram em casa. Pelo menos, não a vi nem ouvi mais.

 

 

No meio disto tudo, mais uma vez, o Branquinho surpreendeu-me!

Todos sabemos que ele é um D. Juan, que se mete com todas as meninas do bairro e arredores. Mesmo no tempo da Kikas, já era um engatatão!

E todos sabemos que, apesar de ser extremamente meigo para os humanos, ele arranja confusão e brigas com todos os machos da sua espécie.

Mas é incrível como ele, com as fêmeas, é um gentlecat!

Já da vez em que a Becas se escapou sem darmos por isso, foi ele quem lhe fez companhia naquelas horas da noite em que ela ficou no quintal. E nem um arranhão tinha, nem tão pouco estavam a brigar. Estavam juntos, como dois companheiros.

E, ontem à noite, lá foi o Branquinho ter com a donzela perdida e assustada, dando-lhe beijinhos! 

 

Quando os nossos gatos fogem, e nem nos apercebemos disso!

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Por já ter, infelizmente, alguma experiência no que toca a fugas de gatos da nossa casa, foi precisamente sobre esse tema que escrevi para a Miau Magazine de Janeiro.

No artigo, recordo a aventura da Tica, e partilho dicas sobre o que fazer em caso de desaparecimento do nosso animal de estimação, bem como conselhos para não alimentar aquele sentimento de culpa que tanto nos afecta. Claro que todo o artigo se refere a quando um gato desaparece, e nós sabemos disso e tentamos encontrá-lo.

 

 

Mas, e quando os nossos gatos fogem, e nem nos apercebemos disso?!

Como costumo dizer, tanto a Becas como a Amora têm algumas semelhanças com a Tica, não só a nível físico, como de feitio.

E a Becas parece ter herdado alguns dos genes da Tica, que saía para a rua, mal apanhava uma porta aberta. Esses genes estão a manifestar-se cada vez mais, e ontem passou a noite na rua.

Sem sabermos.

 

 

A primeira tentativa foi quando eu cheguei a casa. Apanhámo-la logo no quintal.

A segunda tentativa foi quando o meu marido veio das compras. Mais um vez, pegámos nela, e levámo-la de volta para casa.

À terceira, foi de vez. O meu marido saiu para trabalhar e não se apercebeu que, com ele, também a Becas tinha saído.

Tanto eu como a Inês já estávamos deitadas, e convencidas de que a Becas estava em casa.

 

 

De madrugada, a Amora começou a andar inquieta. Ora entrava dentro da cama, ora saía. ora voltava a entrar, para logo em seguida sair.

Ouvi também um barulho na porta. Parecia alguém a tentar abri-la. Mas pensei que fosse a Becas a brincar com as caixas que tinha deixado na entrada, e não liguei.

De manhã, levanto-me, e oiço miar. 

Olha, a Becas está com tanta fome que já mia desalmadamente, pensei eu. Mas não a vi.

Abri a porta da casa de banho, achando que ela podia ter ficado lá fechada, mas não. E o som vinha de longe. 

Abri a porta da dispensa, e também não estava lá.

Espreito pela janela da porta, para ver se era o Branquinho a miar lá fora. Vejo um gato. Parece clarinho. Abro a porta e, apesar de estar escuro, parece o Branquinho. Continuo a andar, para confirmar, e descubro que é o Branquinho, sim, e acompanhado pela Becas!

 

 

E é aqui que o meu coração pára momentaneamente, perante a constatação de que a nossa Bequinhas passou a noite toda na rua, ao frio, sabe-se lá com quem, e em que condições.

Enquanto nós dormíamos descansadas, na cama, quentinhas.

Pego imediatamente nela, e levo-a para casa. Só depois me apercebi do quão mau isto pareceu, por ter deixado o Branquinho na rua, sozinho, enquanto levava a Becas para casa.

E pode parecer parvoíce mas, apesar de tudo, fico grata ao Branquinho porque, de certa forma, parece que a protegeu e lhe fez companhia  para não se sentirem tão sós. 

Ela estava aparentemente bem, sem nenhuma ferida ou marca de que tenha corrido mal a noite.  Penso que ela não terá saído dali do quintal, uma vez que a Amora andava inquieta, quem sabe percebendo que alguma coisa se passava, ou que a amiga estava lá fora.

Já em casa, comeu, fez as suas necessidades, e estava na boa.

 

 

A Amora é que não parou de bufar a assanhar-se para ela o tempo todo, estranhando a companheira, e a pensar por que raio tínhamos levado um gato lá para casa. E se eu pegava na becas ou lhe fazia festinhas, a seguir a Amora assanhava-se para mim também.

Cá entre nós, temos a teoria de que a Amora está cheia de ciúmes porque a Becas passou a noite com o Branquinho, e agora até já parece amiga dele!

 

 

E agora?

O que fazer quando o nosso gato, que está sempre em casa, passa algum tempo na rua, inclusive em contacto com outros gatos?

Tendo em conta que ela não está ferida, e que não pode ficar prenha, já que é esterilizada, as principais preocupações são desparasitá-la, interna e externamente, e à Amora também.

Apesar de tudo, não acredito que tenha contraído alguma doença mais grave mas, por descargo de consciência, será melhor marcar consulta no veterinário, para verificar se está tudo bem. E, logo que possível, vacinar ambas contra o Felv, não vá a fuga repetir-se de novo.

Até á noite eles andam em busca de comida

Um dia destes chegamos a casa já de noite. Assim que estacionamos na rua, lá aparece o trio habitual: Alone, Naná e Oreo Ribatejano. Digo ao marido e ao filho que vou buscar comida. Quando chego cá a baixo à porta do prédio, eram aí uns 10 gatos, todos esfomeados. Tive de ir buscar mais comida. Parece que passaram a palavra e avisaram os outros que ali iam servir a ceia! Raramente ando durante a noite na rua, pois,  apesar de estar iluminada, não gosto muito, mas teve de ser.

 

Parecia quando se atira milho aos pombos, só que era atirar ração e paté aos gatos, e eles todos de volta de mim, sem qualquer receio. Há aliás, um novo gato na rua, gordinho, cinzento e branco, com certeza abandonado, muito meigo!

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Nos dias mais frios e chuvosos

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É assim que eles se aconchegam, deitados num colchão velho, debaixo de um telheiro, encostadinhos uns aos outros.

Estavam assim ontem à noite, estes cinco: Sisso, Flockito, Oreo, Charlotte e Leãozinho.

 

 

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Hoje da manhã, ainda lá estavam, mas começaram a dispersar, ficando apenas estes três. A Oreo parece tomar conta dos mais pequenos!