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Clube de Gatos do Sapo

Este blog pertence a todos os gatos que andam aqui pela plataforma do Sapo, e que pretendem contar as suas aventuras do dia a dia, dar conselhos, partilhar experiências e conhecimentos, e dar-vos a conhecer o mundo dos felinos!

Clube de Gatos do Sapo

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Gatos - guardas da casa

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Já dizia o velho ditado “tens medo, compra um cão”!

E, de facto, quem quer proteger a sua casa e os seus bens tem, por norma, um cão como “guarda”.

Mas, serão os cães os únicos animais a agir como bons “guardas”, até mesmo na proteção dos seus donos?

Cada vez mais assistimos a diversos casos em que outras espécies reagiram ao perigo, defendendo os donos e, até, arriscando a própria vida, para os proteger, incluindo, os gatos.

 

Em termos místicos, existe a crença de que ter um gato em casa afasta os maus espíritos.

Alguns testes científicos, realizados em laboratórios de parapsicologia, mostraram que os animais, nomeadamente os gatos, podem possuir habilidades paranormais.

Acredita-se que, quando um gato fica estranho e assustado sem motivo aparente, ou fica a observar as paredes e nós olhamos para a mesma direção e não conseguimos ver nada, pode significar que há uma presença espiritual naquele local.

Pois eu estou como diz aquela expressão "Yo no creo en brujas, pero que las hay, las hay"!

A verdade é que costumavam acontecer coisas estranhas e difíceis de explicar lá por casa, e desde que temos gatos, isso parou. Mistério...

 

Mas, mais do que uma questão espiritual, a verdade é que as nossas gatas estão sempre muito atentas, e em alerta, quando sentem que algo não está bem.

E, se alguma delas se levanta de repente e fica com cara de poucos amigos a olhar, fixamente, para algum lado, já ficamos de pé atrás.

Se ouvem um barulho na rua, alguém a mexer na porta, levantam-se logo, de onde estiverem, e vão ver o que se passa.

Por outro lado, quando voltam para junto de nós, sabemos que está tudo bem e não há perigo, ficando descansados.

 

Mas como, também os gatos, têm direito aos seus momentos de susto e medo, já aconteceu esconderem-se as duas debaixo da cama, e deixarem-me entregue à minha sorte. Medricas!

Ainda assim, não tenho dúvidas de que, se algum de nós, donos, corresse perigo, elas mostrariam as suas garras, para nos defender!

 

Artigo elaborado para a Miau Magazine de Agosto

Amora: uma gata cheia de determinação

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Se há coisa que admiro na Amora, é a sua determinação!

A sua imensa vontade de se superar, de conseguir mais, de tentar e cair, e voltar a tentar uma e outra vez, até conseguir, sem medo.

A Becas não é assim. A Becas retrai-se quando as coisas correm mal. Quando não conseguiu subir uma vez para a secretária, e caiu no chão, demorou dias a tentar novamente, e sempre com receio.

A Amora, parece não ter consciência do perigo e, por isso, avança.

Acredito que grande parte da influência neste comportamento da Amora se deve ao facto de querer fazer o mesmo que a Becas faz. A restante, virá da sua própria personalidade.

E foi assim que, nestes últimos dias, vimos a Amora a tentar, desta vez com sucesso, subir para a tábua de engomar para ir à janela, sem ajudas.

E ontem, sem darmos conta, ei-la no cimo do sofá, totalmente em equilíbrio!

 

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Quando nos sentimos responsáveis por gatos que não são nossos

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Quando adoptamos um animal, assumimos essa responsabilidade para com ele, enquanto partilhar a sua vida connosco. É algo óbvio.

Mas, quando nos começamos também a sentir responsáveis por animais que não são nossos, mas que connosco convivem diariamente?

 

 

O Branquinho é o gato dos vizinhos da frente, do qual já falei aqui várias vezes.

Nos últimos dias, parece-me que tem passado as noites na rua. Antes das 7 da manhã, já ele está à nossa porta a miar, ou à janela. Não acredito que os seus donos se levantem assim tão cedo, que tenham aberto a porta e ele tenha saído, por isso, deduzo que tenha ficado na rua desde o dia anterior.

 

 

Porque é que ele mia?

Porque quer comer, também. Mas, sobretudo, porque quer entrar em casa, porque quer atenção que não recebe de outro lado. Porque quer mimos e festinhas.

O Branquinho acompanha-nos ao lixo, e de volta a casa, e deita-se no chão pelo caminho, a rebolar-se e pôr-se de barriga para o ar, para lhe fazermos festinhas.

O Branquinho acompanha-nos a casa dos meus pais. E é engraçado como ele sabe, naquela rua com várias casas, qual a porta para a qual estamos a ir, e lá está quando nós chegamos.

Por descuido nosso, e atrevimento dele, já entrou algumas vezes, tanto numa, como noutra casa! E gruda mesmo! É preciso pegá-lo ao colo (e bem gordito e pesado está), senão não sai.

O Branquinho acompanha-nos numa parte do caminho, quando vamos para a escola/ trabalho. Por vezes, fica parado na porta dos meus pais, e ver-nos ir, e quando percebe que não vamos voltar, volta para perto da sua casa. 

Outras, arrisca-se a ir um pouco mais à frente, mas sabe que só pode ir até ali, e volta atrás.

Mas, hoje, ele arriscou-se, e quase nos provocou um ataque de pânico. Apesar de um senhor, pelo caminho, o estar a chamar, ele continuou a vir connosco até a um cruzamento perigoso.

Sabia que ele não tinha fome, porque tinha uma caixa com ração à nossa porta, e não comeu, mas como levava um saquinho com ração para os gatos da colónia, lembrei-me de, ali no degrau de uma casa abandonada, pôr um pouco, a ver se ele ficava por ali.

Só que o Branquinho não deu por isso e, quando a minha filha deu mais uns passos, ele foi atrás dela para a estrada. Percebemos o som dos carros a vir e pensámos "vai ser já atropelado".

Por acaso teve sorte, os carros passaram ao lado. Sim, porque ele nem saíu de onde estava. E eu fiquei parada, porque ao mínimo movimento, ele podia assustar-se, e acontecer o pior.

Só quando vi que não vinham mais carros é que fui ter com ele, e só então ele saíu dali e, talvez com o susto, voltou para trás.

 

 

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É certo que foi, em parte, por nos conhecer e vir atrás de nós, que se colocou em perigo mas, e quando não estiver ninguém por perto?

Como é que deixam um gato, que é nitidamente, um gato para estar em casa, andar nas ruas desta forma, todo sujo, à chuva e ao frio, à guerra com os gatos da vizinhança ao ponto de ter o focinho todo ferido?

E para nós, que somos apaixonados por gatos e lidamos com ele todos os dias, é difícil não nos sentirmos responsáveis por ele.

É difícil não pegar nele, dar-lhe um tratamento à altura, levá-lo ao veterinário e ficar com ele.

Mas ele tem donos. Péssimos, mas tem. E como dizer a alguém com quem até nos damos bem, que lhe ficámos com o gato porque essa pessoa, pela forma como o trata, perdeu quaisquer direitos sobre ele? Que a forma como acham que o gato deve viver, não é a mais correcta, e que nós é que estamos certos, e eles errados?

Além de que, se realmente nós, ou qualquer outra pessoa, lhes ficasse com o gato, o mais certo seria arranjarem outro, e tudo se repetir.

 

 

Por isso, vamos esperando que ele se vá aguentando um dia após o outro, sem nos chegar a notícia de que apareceu sem vida, por aí, como aconteceu à Kikas.

A Colónia de Santo André está em perigo

Quem segue o Clube de Gatos do Sapo já conhecerá, certamente, a colónia da gatos que alimento diariamente, aqui perto de casa, e que batizei, para ser mais fácil daqui em diante, de Colónia de Santo André (por estar ao lado da Igreja de Santo André).

 

Já tinha falado com algumas associações sobre a mesma mas, como não era uma situação urgente, foi sendo adiada. Os gatos estão, de certa forma, protegidos ali naquele espaço onde nasceram e cresceram, e que já conhecem bem. 

Volta e meia, vinha-me à mente o que seria deles quando, algum dia, se lembrassem de demolir o edifício. Mas era algo improvável. Está ali há anos sem ninguém fazer nada. Quando poderiam remodelar e aproveitar para algo de útil. Por outro lado, enquanto assim permanecesse, os gatos tinham um lar.

 

No fim de semana passado, vejo uma publicação a pedir ajuda a todas as associações do concelho, para estes gatinhos, porque o edifício irá ser demolido. Fiquei em choque. E em pânico.

Voltei a falar com a responsável pela associação Adoromimos, que ficou de ver com a Câmara Municipal a situação, para depois se estudar a melhor forma de ajudar os gatinhos da colónia.

Embora não tenha ouvido falar de nada, numa pesquisa que fiz, já havia desde 2016 um projecto para requalificação daquele espaço. Não sei se será esse o projecto que agora irá avançar ou outro, mas o que é certo é que, haja demolição total, ou apenas parcial, os gatinhos não estarão em segurança, e torna-se inevitável tirá-los de lá.

Será o fim da colónia, o que me deixa triste, por saber que não os vou ver mais.

Mas o mais importante é que eles fiquem bem, e encontrem lares que os possam acolher.

 

A ir para a frente, seguir-se-á a captura, vacinação e desparasitação, esterilização das fêmeas, cuidados médicos a algum que esteja doente.

Bem como alimentação e outros bens, que a associação precise, enquanto estiverem ao seu cuidado.

 

A Colónia de Santo André irá precisar de toda a ajuda que lhe puderem dar e, para isso, o Clube de Gatos do Sapo vai, logo haja algo mais concreto, promover algumas iniciativas, com vista a angariação de fundos e o que mais for necessário, bem como divulgar, no momento oportuno, cada uma das adopções.

 

Para já, deixo-vos aqui as imagens dos gatos residentes da colónia:

 

A Bela - uma das residentes mais velhas - com um pelo lindo e olhos verdes, ela já sabe que eu levo comida, porque é das poucas que não foge a correr, e fica por ali à espera, ou dirige-se mesmo para a zona das caixas da ração

 

 

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O Dom Juan - um dos residentes mais velhos - penso que seja o pai da maioria das ninhadas, juntamente com a Bela, tem aparecido mais frequentemente, fica deitado a ver os restantes comerem e mia (algo que nunca tinha ouvido nele), não sei se estará doente

 

 

O Pompom - nascido em maio/ junho de 2017 - com uns olhos azuis lindos, penso que é estrábico e parece ter algumas dificuldades de visão, sempre foi o companheiro da Oreo, e parece assumir o papel de irmão mais velho e guardião da colónia na ausência dos adultos

 

 

A Oreo - nascida em maio/ junho de 2017 - grande companheira do Pompom, herdou os olhos verdes da mãe, e da gata pequenita e frágil dos primeiros meses, já pouco resta, tendo-se tornado uma bela gata

 

 

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A Rapunzel - uma das residentes mais velhas - disseram-me que é irmã da Bela e do D. Juan

 

 

A Charlotte - ninhada talvez de Setembro de 2017

 

 

A Margarida - ninhada talvez de Setembro de 2017

 

 

A Minnie - ninhada talvez de Setembro de 2017

 

 

O Lorde - não está lá sempre, vai aparecendo de vez em quando

 

 

O Salomão - nem sempre se vê por ali, mas é um dos gatos que por lá aparece para comer

 

 

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Pascoal - mais um que nem sempre está por lá (por acaso hoje apareceu)

 

 

Foto de Clube de Gatos do Sapo.

Leão e Flockito - da ninhada mais recente, penso que filhos da Bela - o Flockito tem olhos azuis, os restantes manos, verdes. O Leão tem um pelo espectacular, muito felpudo.

 

 

Foto de Clube de Gatos do Sapo.

O(a) Sol - Igual a este bebé, há ainda um outro - Pipoca, e mais um todo amarelinho - Mel - parecem uns pulguinhas a brincar e saltitar no meio das ervas, atrás dos insectos

 

 

Foto de Clube de Gatos do Sapo.

A Beckie (tricolor) - também de uma ninhada recente, não sei se filha da Rapunzel ou da Minnie, juntamente com uma outra preta e branca - a Sissi. São as mais receosas, ainda não se aproximam muito daquela zona, e se me vêem, escondem-se com medo

 

 

Nota: Os nomes foram colocados por mim, baseado naquilo que eu penso que sejam, machos ou fêmeas, até porque nunca me consigo aproximar muito sem que eles fujam com receio, apesar de todos os dias me verem colocar lá água e ração.

 

 

 

Maus tratos que se sentem mas não se vêem

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Final da tarde de sexta-feira, durante uma chuvada forte, acompanhada de rajadas de vento e trovoada, connosco dentro do carro à espera que acalmasse para sairmos, deparamo-nos com o gato do vizinho na rua, à chuva, no meio daquele temporal.

 

Este é um gato que, por aquilo que vemos, passa mais tempo na rua que na casa dos seus donos. É um gato branco, que não deveria andar exposto ao sol, sob risco de sofrer de cancro. É um gato que nunca deve ter ido a um veterinário nem levado qualquer vacina, e está sujeito a contrair as mais diversas doenças. É um gato que todos os dias corre o risco de ser atropelado, de ser envenenado, de ser levado por alguém que esteja disposto a isso, já que é extremamente meigo e sociável. É um gato que está sujeito às guerras de felinos das ruas. Um gato que se enfia, se o deixarem ou tiver oportunidade, na casa de uns e outros, ou onde houver uma entrada, buraquinho ou o que quer que seja para ele explorar. 

Uma vez, alertámos o dono que o seu gato estava na rua, à chuva. Do outro lado apenas responderam "ah e tal, eu também já apanhei muita chuva e não morri. Ele que não saísse. Então, e se eu estivesse longe? Tinha que regressar só para pôr o gato em casa?".

 

Nestas suas aventuras, conta com a sua companheira e vizinha, que também passa a vida na rua, sujeita ao mesmo tipo de perigos e, ainda, a ficar prenhe. No entanto, esta vem muitas vezes miar para lhe darmos comida, e devora tudo num instante. O que leva a crer que não deve comer muito por casa. Até mesmo de madrugada, ou a altas horas da noite. Uma vez, a sua dona disse "ah e tal, ela vai dar as suas voltinhas mas depois, quando a chamo, nem sempre vem, e acaba por ficar na rua".

 

E o meu pensamento, para estas duas pessoas, foi "se não os deixassem sair, eles não iam para a rua, não apanhavam chuva, e não tinham que andar à procura deles."

No início, ainda a levei duas vezes à dona, para a pôr em casa. Depois, percebi que não valia a pena. Não era uma questão de descuido ou de a gata se ter escapado sem darem por isso. Era intencional.

 

 

Também aqui na zona, havia uma outra gata que, ultimamente, tinha incluído na sua rotina diária a visita a casa dos meus pais, para comer logo de manhãzinha. No quintal dos meus pais, em dias de sol, ou na arrecadação, quando chovia ou fazia frio, dormia numa cadeira pequena que era da minha filha, em cima de uma almofada. Quando não estava lá, ia dar as suas voltinhas. Não sei se, durante a noite, ia para casa da dona, vizinha dos meus pais. Um dia, a gata desapareceu. Nunca mais voltou. Não se sabe o que aconteceu.

Nunca vi a dona andar à procura dela, fazer perguntas aos vizinhos, mostrar-se preocupada. Pior, a dona insiste que a gata anda por ali e que volta e meia a vê. No entanto, mais nenhum dos moradores da rua vê a gata desde então. E se ela andasse por lá, o que a levaria a mudar a sua rotina, e deixar de aparecer onde era bem tratada? O que me leva a crer que, ou não está minimamente preocupada, ou está a tentar esconder alguma coisa, tentar tapar o sol com a peneira.

 

 

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Mas, o que se pode fazer nestes casos?

 

A lei fala em maus tratos físicos "violências injustificadas contra animais, considerando-se como tais os actos consistentes em, sem necessidade, se infligir a morte, o sofrimento cruel e prolongado ou graves lesões a um animal. Quem, sem motivo legítimo, infligir dor, sofrimento ou quaisquer outros maus-tratos físicos a um animal de companhia..." 

 

A lei fala em abandono "É proibido abandonar intencionalmente na via pública animais que tenham sido mantidos sob cuidado e protecção humanas, num ambiente doméstico ou numa instalação comercial ou industrial. Considera-se abandono de animais de companhia a não prestação de cuidados no alojamento, bem como a sua remoção efetuada pelos seus detentores para fora do domicílio ou dos locais onde costumam estar mantidos, com vista a pôr termo à sua detenção, sem que procedam à sua transmissão para a guarda e responsabilidade de outras pessoas, das autarquias locais ou das sociedades zoófilas. Quem, tendo o dever de guardar, vigiar ou assistir animal de companhia, o abandonar, pondo desse modo em perigo a sua alimentação e a prestação de cuidados que lhe são devidos..."

 

Mas, serão a negligência e a indiferença, uma forma de maus tratos punível pela lei?

Como agir nestes casos de maus tratos que não se vêem, mas que os animais sentem na própria pele?

Não se pode dizer que tenham sido abandonados porque, se a porta dos donos estiver aberta, eles podem entrar. Provavelmente, até têm comida e água à disposição, e uma caixa de areia nessas casas. 

Não se pode considerar maus tratos físicos, porque não os agridem directamente.

No entanto, falta-lhes tudo o resto.

Ao negligenciá-los, ao não lhes prestar os cuidados e prevenções que deveriam, ao não lhes proporcionar as melhores condições, estão a colocá-los em perigo. 

E, ao não mostrarem o mínimo de preocupação com o desaparecimento do seu animal, preferindo mascarar a situação com mentiras, só estão a mostrar que podem não lhes fazer mal, mas também nunca farão nada para os proteger, e não são dignos de ter qualquer animal a seu cargo.

 

 

Ainda assim, até que ponto estas situações estão previstas na lei? Até que ponto se podem encaixar na lei? Ou, simplemente, não há punição possível para algo que não se vê, mas apenas se sente?

 

 

 

Quando os gatos ficam com as garras presas

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As garras dos gatos podem ser perigosas para os humanos, mas também consituem perigo para si próprios.

Nem todos os donos cortam as unhas aos seus bichanos, seja porque eles não o permitem, ou porque os próprios donos consideram que não há necessidade.

Há casos, inclusive, em que as garras podem ser uma boa ferramenta e de bastante utilidade, em casos de gatos com limitações, como é o caso da nossa Amora. 

Se não fossem as garras dela, já teria caído muitas vezes, quando tenta saltar para algum lado. São as garras que lhe permitem aventurar-se a seguir os passos da Becas, e subir para sítios mais altos, ou arriscar uma ou outra acrobacia.

 

No entanto, volta e meia, tanto uma como a outra ficam com as unhas presas em qualquer lado, não se conseguem desprender, e começam a ficar nervosas.

Nesses casos, se estivermos por perto, o melhor que temos a fazer é manter a calma - para stressados já bastam eles, o que é difícil, porque os vemos aflitos.

Temos que analisar bem a forma como a unha está presa, e como tentar desprender sem magoar o gato, com o maior cuidado possível. Se um gato já está bravo por causa da situação, e se nós, como nervosismo, quisermos fazer tudo à pressa, podemos piorar a situação.

 

Hoje de manhã, a D. Amora lembrou-se de prender uma unha, nem sei bem onde, porque quando cheguei já ela se tinha libertado. Mas ouvi bem o miar de aflição dela, que se deve ter assustado ainda mais quando a minha filha, que estava com ela, começou a gritar a chamar por mim, também ela nervosa por não conseguir ajudar a gata.

E foi uma sorte eu ter chegado naquele momento, e ter dito à minha filha para ficar quieta porque a Amora, conforme se soltou, começou aos saltos, desnorteada, mesmo na direcção dos pés da minha filha, e por pouco não levou uma pisadela.

 

Quando se esticam para espreguiçar, e ficam com as unhas presas, eu costumo levantá-las na direcção de onde a unha está, para que o corpo não faça peso para baixo, e só então tento desprender. Já se ficam presas às minhas pernas, baixo-me, para que possa ficar ao nível delas, e soltar mais facilmente.

 

Alguém por aí já passou por situações semelhantes, e quer partilhar alguns truques?