Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Clube de Gatos do Sapo

Este blog pertence a todos os gatos que andam aqui pela plataforma do Sapo, e que pretendem contar as suas aventuras do dia a dia, dar conselhos, partilhar experiências e conhecimentos, e dar-vos a conhecer o mundo dos felinos!

Clube de Gatos do Sapo

Este blog pertence a todos os gatos que andam aqui pela plataforma do Sapo, e que pretendem contar as suas aventuras do dia a dia, dar conselhos, partilhar experiências e conhecimentos, e dar-vos a conhecer o mundo dos felinos!

Quando têm sede, onde vão os gatos de rua beber água?

Imagem relacionada

 

 

Já muito se falou, aqui no Clube, sobre a forma como a maioria dos gatos de rua se vão alimentando, quer através de pessoas que vão deixando comida ou através dos animais que vão caçando por aí.

 

 

Mas, e quando têm sede?

Onde é que eles vão procurar água, quando ninguém lhes deixa também o que beber?

 

 

As hipóteses são maiores nos dias em que chove, já que podem aproveitar a água que se vai acumulando nas poças, como os que vi ainda há pouco, a beber de uma enorme poça de água suja e cheia de lama. Ou bebr água das valetas.

Também ainda devido à chuva, há gatos que aproveitam a água que fica acumulada ao de cima, nos vasos que as pessoas têm na rua, ou que foi caindo para dentro de baldes, ou outros recipientes, que existam por aí ao seu alcance.

Também já vi gatos a beberem água naqueles tanques antigos onde se lavava a roupa.

Não será a mais própria para consumo, suja, cheia de lixo, com vermes, por vezes com mau cheiro e acumulada há dias. Mas é o que há. É o que encontram, e a sede fala mais alto que tudo o resto.

 

 

O pior é quando o tempo está seco, e a água desses sítios se evapora. Onde conseguirão eles ir buscar água? 

Com sorte, em noites húmidas e madrugadas de orvalho, aproveitam para lamber as folhs das plantas que encontram. Mas não será, certamente, o suficiente.

É por isso que, sempre que alimento gatos de rua, para além da ração, tento colocar sempre um recipiente com água para eles.

Posso não conseguir impedir que vão a outros lados e bebam a água que lhes aparece à frente, mas posso evitar que isso seja algo a que têm que recorrer por não haver nenhuma outra solução, correndo o risco de nem uma gota de água encontrarem. 

 

Animais nas ruas: para reflectir...

 

A vida de um gato, nas ruas, pode ser emocionante, divertida...

Podem brincar ao ar livre, descobrir novos esconderijos e tocas, ir onde quiserem sem ninguém atrás deles...

 

Mas...

 

É uma vida dura, em que estão dependentes daquilo que caçarem para comer, ou da boa vontade das pessoas que lhes dêem comida para não passarem fome, e água para não morrerem de sede...

É uma vida dura, em que estão sujeitos aos perigos das ruas, de outros animais que lutam, como eles, pela sobrevivência ou, simplesmente, atacam por atacar, às maldades do ser humano que abomina animais e acham que eles deviam morrer...

É uma vida dura, em que podem não ter onde se abrigar do frio, da chuva, da trovoada...Em que não têm a quem recorrer quando sentem medo...Em que podem ficar doentes e não ter ninguém que os trate, que os leve ao veterinário, que cuide deles...

 

Enquanto os nossos gatos estão "presos" num lar com tudo aquilo que precisam, outros estão "livres" para o bem e para o mal...

 

Se os gatos que vivem na rua falassem e pudessem escolher o seu destino, o que diriam eles?

Este do vídeo, sabemos bem o que deve estar a sentir, mesmo sem nada dizer... 

 

Nestes dias de calor...

IMG_4187.JPG

...forneçam água aos gatos (e cães) que encontrem pelas ruas.

Porque também eles sofrem com o calor, e não têm ninguém que cuide deles.

 

IMG_4188.JPG

Esta gatinha faz parte de uma colónia não sinalizada, em Mafra. Não nos conseguimos aproximar de nenhum dos gatos, são desconfiados. Normalmente estão do lado de dentro do portão, mas esta ontem estava do lado de fora, perto da estrada, e fiquei com receio por ela. 

É uma tricolor linda, com uns olhos verdes mesmo bonitos!

Fui a casa buscar água e comida para deixar lá para eles. Não se aproximaram enquanto estivemos lá.
Hoje, quando passei, vi que tinham comido praticamente tudo, e não tinham água. Espero que alguém passe por lá durante a manhã e reponha, pelo menos, a água.

Mais tarde, irei lá novamente. É o mínimo que podemos fazer.