Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Clube de Gatos do Sapo

Este blog pertence a todos os gatos que andam aqui pela plataforma do Sapo, e que pretendem contar as suas aventuras do dia a dia, dar conselhos, partilhar experiências e conhecimentos, e dar-vos a conhecer o mundo dos felinos!

Clube de Gatos do Sapo

Este blog pertence a todos os gatos que andam aqui pela plataforma do Sapo, e que pretendem contar as suas aventuras do dia a dia, dar conselhos, partilhar experiências e conhecimentos, e dar-vos a conhecer o mundo dos felinos!

A Bomboca e o Oréo

Não sei se o Oréo e a Bomboca teriam algum grau de parentesco, ou se simplesmente apenas eram dois gatos tuxedo que nem se chegaram a conhecer.

Diapositivo1.JPG

O Oréo morreu em 2021 e foi para mim muito difícil aceitar, porque foi por um ferimento, ainda foi ao veterinário, mas já era tarde.

Diapositivo2.JPG

Em 2022 apareceu na colónia a Bomboca, inicialmente sozinha, depois trouxe os filhos. Teve dono, mas o sr já era de certa idade e depois ficou doente, então ela passou a ser da colónia.

Veio de certa forma tomar o lugar do Oréo. Faz-me lembrar dele, não só na cor, como também no comportamento! Cada vez que que perdemos um bichano, mesmo que de rua, sentimos muito, mesmo que venham outros.

Espero que a Bomboca fique por cá por muitos anos!

Quando os gatos mudam tanto que não os reconhecemos

IMG_9700 - Cópia.JPG

 

Já aqui vos falei da gata que apareceu recentemente lá à porta, a ET.

Veio, não se sabe de onde. E tão pouco para onde ia, quando desaparecia.

Aos poucos, foi aparecendo cada vez mais. Até chegar ao ponto de andar por ali diariamente.

Parecia novinha. E muito magrinha, apesar de prenhe.

Tinha um pescoço tão estreitinho, que até fazia confusão, e foi por isso que lhe demos o nome de ET.

 

Quando andava a estender roupa, várias vezes, a par com as turrinhas, vinha uma dentada inesperada no pé, ou na perna, que me recordou a Esparguete. Ela também tinha essa mania!

Mas esta, mordia com mais força. Cheguei a ficar mesmo com a perna negra, inchada e em sangue, à custa da dona ET.

Houve dias em que, mal saía de casa, lá estava ela, e seguia-me por uns bons metros, no meio dos pés, não me deixando andar, e comigo sempre de olho para não me voltar a morder.

Com a confiança que ganhou, até já se põe à porta, a miar. E já arriscou tentar entrar em casa.

 

Desde que teve os filhotes, a mania de morder parece ter passado. Nunca mais voltou a fazê-lo. 

Agora anda sempre ali na rua.

 

Ontem, quando estava a chegar a casa, estava uma vizinha com uma gatinha bebé ao colo. Disse que eram filhas, aquela e outra que uma miúda segurava, da ET. Com elas, estava a miúda, dona da Esparguete.

Por uma conversa que já tinha ouvido, fiquei com a impressão de que talvez a ET não me fosse assim tão estranha, mas achava aquilo muito estranho.

Assim, aproveitei a oportunidade para tirar as teimas. E perguntei à miúda se aquela gata era a que tinham tido ali, quando moraram ao meu lado. E ela respondeu que sim.

 

Ou seja, a ET, a gata magrinha e desconhecida, é a Esparguete que, apesar de nunca ter sido gorda, nunca a conheci com aquele aspecto. Ao ponto de não a reconhecer.

Há uns tempos, por causa da pancada das mordidas, fui mesmo comparar algumas fotos que tinha, e achei que não seria a mesma.

Quando ouvi a conversa da miúda, pensei que pudesse ser alguma filha da Esparguete. 

Mas é mesmo ela.

Não sei o que se terá passado para a deixarem chegar àquele ponto.

Agora, embora não tenha a mesma aparência de quando a conheci, como Esparguete, já começa a parecer menos magra que a ET que nos apareceu meses depois.

 

87063332_1240819486118517_8708395751438286848_o.jp

A Esparguete, quando era nossa vizinha

 

107499934_3030289250419693_1795124257772836249_o.j

A ET/ Esparguete quando voltou a reaparecer, meses depois

 

 

 

Quando os nossos gatos fogem, e nem nos apercebemos disso!

49038024_2286700071602124_7651816109946961920_o.jp

 

 

Por já ter, infelizmente, alguma experiência no que toca a fugas de gatos da nossa casa, foi precisamente sobre esse tema que escrevi para a Miau Magazine de Janeiro.

No artigo, recordo a aventura da Tica, e partilho dicas sobre o que fazer em caso de desaparecimento do nosso animal de estimação, bem como conselhos para não alimentar aquele sentimento de culpa que tanto nos afecta. Claro que todo o artigo se refere a quando um gato desaparece, e nós sabemos disso e tentamos encontrá-lo.

 

 

Mas, e quando os nossos gatos fogem, e nem nos apercebemos disso?!

Como costumo dizer, tanto a Becas como a Amora têm algumas semelhanças com a Tica, não só a nível físico, como de feitio.

E a Becas parece ter herdado alguns dos genes da Tica, que saía para a rua, mal apanhava uma porta aberta. Esses genes estão a manifestar-se cada vez mais, e ontem passou a noite na rua.

Sem sabermos.

 

 

A primeira tentativa foi quando eu cheguei a casa. Apanhámo-la logo no quintal.

A segunda tentativa foi quando o meu marido veio das compras. Mais um vez, pegámos nela, e levámo-la de volta para casa.

À terceira, foi de vez. O meu marido saiu para trabalhar e não se apercebeu que, com ele, também a Becas tinha saído.

Tanto eu como a Inês já estávamos deitadas, e convencidas de que a Becas estava em casa.

 

 

De madrugada, a Amora começou a andar inquieta. Ora entrava dentro da cama, ora saía. ora voltava a entrar, para logo em seguida sair.

Ouvi também um barulho na porta. Parecia alguém a tentar abri-la. Mas pensei que fosse a Becas a brincar com as caixas que tinha deixado na entrada, e não liguei.

De manhã, levanto-me, e oiço miar. 

Olha, a Becas está com tanta fome que já mia desalmadamente, pensei eu. Mas não a vi.

Abri a porta da casa de banho, achando que ela podia ter ficado lá fechada, mas não. E o som vinha de longe. 

Abri a porta da dispensa, e também não estava lá.

Espreito pela janela da porta, para ver se era o Branquinho a miar lá fora. Vejo um gato. Parece clarinho. Abro a porta e, apesar de estar escuro, parece o Branquinho. Continuo a andar, para confirmar, e descubro que é o Branquinho, sim, e acompanhado pela Becas!

 

 

E é aqui que o meu coração pára momentaneamente, perante a constatação de que a nossa Bequinhas passou a noite toda na rua, ao frio, sabe-se lá com quem, e em que condições.

Enquanto nós dormíamos descansadas, na cama, quentinhas.

Pego imediatamente nela, e levo-a para casa. Só depois me apercebi do quão mau isto pareceu, por ter deixado o Branquinho na rua, sozinho, enquanto levava a Becas para casa.

E pode parecer parvoíce mas, apesar de tudo, fico grata ao Branquinho porque, de certa forma, parece que a protegeu e lhe fez companhia  para não se sentirem tão sós. 

Ela estava aparentemente bem, sem nenhuma ferida ou marca de que tenha corrido mal a noite.  Penso que ela não terá saído dali do quintal, uma vez que a Amora andava inquieta, quem sabe percebendo que alguma coisa se passava, ou que a amiga estava lá fora.

Já em casa, comeu, fez as suas necessidades, e estava na boa.

 

 

A Amora é que não parou de bufar a assanhar-se para ela o tempo todo, estranhando a companheira, e a pensar por que raio tínhamos levado um gato lá para casa. E se eu pegava na becas ou lhe fazia festinhas, a seguir a Amora assanhava-se para mim também.

Cá entre nós, temos a teoria de que a Amora está cheia de ciúmes porque a Becas passou a noite com o Branquinho, e agora até já parece amiga dele!

 

 

E agora?

O que fazer quando o nosso gato, que está sempre em casa, passa algum tempo na rua, inclusive em contacto com outros gatos?

Tendo em conta que ela não está ferida, e que não pode ficar prenha, já que é esterilizada, as principais preocupações são desparasitá-la, interna e externamente, e à Amora também.

Apesar de tudo, não acredito que tenha contraído alguma doença mais grave mas, por descargo de consciência, será melhor marcar consulta no veterinário, para verificar se está tudo bem. E, logo que possível, vacinar ambas contra o Felv, não vá a fuga repetir-se de novo.

Nem sempre é fácil distinguir os gatos

Para ser mais fácil, acabei por dar nomes a todos os gatos que vivem por aqui na colónia.

No entanto, quando eles são muito parecidos, é difícil distingui-los. Ainda mais se não houver tempo ou condições para os analisar ao pormenor.

A Minnie e a Margarida foram um desses casos!

 

26907506_732278513639286_24524742065825644_n.jpg

IMG_5383.JPG

Descubram as diferenças entre elas!

O primeiro truque que utilizei foi, literalmente, utilizar a cabeça como comparação. Mas há mais pormenores que as diferenciam. 

Já agora, a de cima é a Margarida. A de baixo é a Minnie. 

Déjà vu - onde é que já vi este filme?!

IMG_4762.JPG

 

Cuidado com aquilo que desejas!

Por vezes, os desejos realizam-se mesmo, mas o feitiço pode-se virar contra o feiticeiro.

 

Neste caso, são inevitáveis as semelhanças, em algumas atitudes, entre a nossa falecida Tica, e a Becas.

Até na sua febre de ir para a rua. Sempre que chegamos a casa, temos que estar muito atentos, porque ela vem logo a correr para a porta e, se nos descuidamos, sai. E a Amora, como boa aluna, também se coloca muitas vezes à porta, a jeito para sair, mal ela se abra.

 

Ora, ontem, para evitar isso mesmo, quando o meu marido chegou do trabalho, bateu à porta. Vi as duas irem para a cozinha, mas a Amora chegou primeiro, e foi nela que peguei. Abri a porta e pensei, não há problema, a Becas não está por perto.

 

O tempo foi passando e o meu marido perguntou pela Becas. 

Disse-lhe que devia andar por ali, porque ainda há pouco a tinha visto.

Cerca de uma hora depois, batem à porta. Era o vizinho de cima, a perguntar se aquela gata que estava ali no quintal era nossa.

 

Alerta!!!

 

O meu marido foi logo ver e, adivinhem, era a Becas que, sabe-se lá como, conseguiu escapar-se pela porta e esteve aquele tempo todo na rua, de noite, sem nós sequer imaginarmos.

Se não nos avisassem, passaria lá a noite.

 

Onde é que eu já vi este filme antes?!

Prevejo alguns sustos e preocupações daqui em diante, à custa desta menina.

Está cada vez mais parecida com a Tica, até na parte que não devia!