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Clube de Gatos do Sapo

Este blog pertence a todos os gatos que andam aqui pela plataforma do Sapo, e que pretendem contar as suas aventuras do dia a dia, dar conselhos, partilhar experiências e conhecimentos, e dar-vos a conhecer o mundo dos felinos!

Clube de Gatos do Sapo

Este blog pertence a todos os gatos que andam aqui pela plataforma do Sapo, e que pretendem contar as suas aventuras do dia a dia, dar conselhos, partilhar experiências e conhecimentos, e dar-vos a conhecer o mundo dos felinos!

A esterilização/ castração de um gato é sempre igual?

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Já aqui falámos sobre esterilização/ castração, nomeadamente, idade aconselhável e benefícios que trazem, relativamente a outros métodos.

No entanto, a questão que coloco hoje, após ter tomado conhecimento da morte de um gatinho bebé por complicações relacionadas com a esterilização em idade precoce e falta de cuidados, está relacionada com o tipo de procedimento adoptado pelos médicos veterinários/ clínicas, no que respeita, não só à própria esterilização/ castração dos gatos, como aos cuidados pré e pós cirurgia.

 

 

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Sabemos que esterilizar/castrar gatos de rua, pertencentes a colónias, exigem (ou assim o dizem os entendidos) uma forma de actuar mais rápida, uma vez que são, na sua maioria, gatos silvestres, que não gostam de contacto com os humanos para além do necessário. Daí que o programa CED - Captura Esterilização Devolução, implique uma actuação mais acelerada, garantindo que os gatos são esterilizados, e ficam minimamente bem num curto período de tempo, devolvendo-os à colónia sem grandes riscos para a saúde, tendo em conta o ambiente em que vivem. A partir daí, vão sendo vigiados nas visitas à colónia. 

 

Em contrapartida, um gato de casa terá mais tempo para recuperar dessa cirurgia, um ambiente mais favorável à cicatrização, e um acompanhamento por parte dos donos e médicos mais prolongado.

 

Por norma, as esterilizações através das associações, tanto de gatos para adopção como os de rua, são feitas com base num método diferente (pelo flanco) daquelas que são feitas nos hospitais/ clínicas aos gatos com dono (linha média), cada um com as suas vantagens e desvantagens (ver estudo aqui).

 

De acordo com a duração total de ambos os procedimentos, a aproximação pelo flanco foi significativamente mais rápida (p= 0,012).

Relativamente ao tamanho final médio da incisão, no flanco foi significativamente mais curto (p= 0,001).

A grande desvantagem da aproximação pelo flanco foi a fraca visibilidade do interior da cavidade abdominal, com consequente aumento das complicações intra-operatórias, tendo sido registado um caso de hemorragia por perda de um pedículo ovárico. Para além disso, a incidência de complicações pós-operatórias foi mais elevada nesta abordagem, onde se detectaram 4 casos. Na linha média houve registo de apenas uma gata com complicação pós-operatória.

 

Tendo em conta que é apenas um estudo, ainda assim parece indicar-nos que o segundo método acaba por ser uma melhor escolha, embora com o primeiro também possa correr tudo bem.

 

 

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Será, então, com base na rapidez de todo o processo que está a base para essa escolha? Ou o factor monetário também terá influencia?

Parece-me que a ovariohisterectomia através da linha média acaba por ser um pouco mais dispendiosa. Se os gatos têm um dono que quer o melhor para eles, pode optar pelo mesmo, pagando o que for preciso. 

Por outro lado, os gatos de rua são gatos de ninguém. Os gatos de estão nas associações (estas próprias vivendo de ajudas) são gatos ainda de ninguém. As clínicas/ veterinários, dada a parceria com a associação, cobram um valor muito mais barato pela cirurgia, pelo que é provável que, na hora de operar, optem pelo método mais barato também. 

 

E a idade?

Qual a idade certa para submeter o gato a este tipo de cirurgia? 

Há quem aconselhe aos seis meses, há quem o faça antes, há quem diga que deve ser feita antes do primeiro cio (que por vezes ocorre aos 4 meses). E se, em gatos caseiros, o perigo não é grande, em termos de ninhadas surpresa, o mesmo não se pode dizer de gatos de rua, que não conseguimos controlar. Neste caso, ainda será preciso fazê-lo mais cedo, porque um erro de dias pode resultar num aumento da população felina.

 

 

Resultado de imagem para esterilização gatos

 

E quanto aos cuidados pré e pós cirurgia? Que cuidados tem um médico veterinário para com os vários gatos que as associações levam para esterilizar, tendo em conta que o processo tem que ser rápido?

Pela minha experiência, no que respeita às nossas gatas, o veterinário fez análises e exame geral para verificar se elas estavam bem e saudáveis, caso contrário, não poderiam seguir para cirurgia. Após a cirurgia, foram acompanhadas durante cerca de uma semana e meia/ duas semanas, para ver como evoluía a cicatrização,e se não havia complicações. Foi aconselhada aplicação de pomada, foi trocado o penso, limpa a cicatriz.

Serão também estes cuidados aplicados aos restantes animais sem dono? Ou a urgência na devolução ao habitat natural impede os mesmos?

 

Terão afinal,os animais, neste caso os gatos, direitos iguais, independementemente da sua condição, ou existe diferenciação na forma como são feitas as cirurgias, e no tratamento que lhes é aplicado, com clara desvantagem para os gatos de rua, comparativamente com os de casa?

 

 

Situações que não deixam ninguém indiferente

Por vezes encontramos tantas coisas nas redes sociais, que nem reparamos bem nos pormenores. Ainda ontem vi no telemóvel a história de uma cadelinha que alguém espetou uma foice, vi a imagem através do telemóvel, mas até pensei que era montagem, de tão absurdo que me pareceu, como é que alguém é capaz de tal maldade!? Mas hoje deu na televisão toda a história, que é verdadeira, e que, felizmente teve um final feliz, graças ao senhor que a encontrou, a uma associação,  e à veterinária que a salvou!.

 

Outra história que me despertou a atenção, aconteceu ontem no Aeroporto Sa Carneiro, onde dois gatos iam para Bruxelas com os donos que emigraram para irem trabalhar.

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Eu não sabia que era um procedimento habitual, pois nunca andei de avião com um gato, mas na zona de entrega de bagagens  foi pedido que tirassem os gatos para passar a transportadora no radio X. E para a natureza dos gatos, este ambiente de barulhos   é terrível, os gatos entraram em pânico e fugiram. Um de nome Gizmo foi recuperado pelos próprios donos, o outro de nome Cookie, fugiu para uma zona técnica e restrita , para tecto falso com tubagens de ar condicionado. Os donos tiveram de embarcar só com um dos gatos, que são irmãos e têm dois anos. Provavelmente se os donos soubessem teriam levado trelas, gatos,  não são como os cães.

 

No aeroporto estão os pais em  contacto com a administração para o resgate do animal.

 

Imaginem a situação. Estes donos, uns jovens, vão para longe, mas não deixaram os seus melhores para trás, era suposto tudo correr bem e não terem de passar por isto. O segundo gatinho continua desaparecido.

 

Esta situação deixou-me em alerta. Espero que o gatinho apareça e que o vão entregar aos donos e ao irmão. Tadinho deve de estar tão desesperado.

 

Atualização a 03/07/2017 21h:

«O meu Cookie vem a caminho, para junto da sua família, que o ama... 
Estou profundamente emocionada e eternamente grata por todo o apoio que recebemos...
Agradeço com todo o coração à Gatos Urbanos, à SAR Team, à MIACIS, à Berta, à Filipa e ao Gustavo, todos os aconselhamentos, a rapidez com que assumiram a minha causa como sua, o carinho e consolo que me foram dando ao longo destes dias que pareceram anos...Vocês serão sempre os nossos heróis...(...)»

      a dona  Maria Inês Teixeira Ferrão

 

Como acalmar um gato agressivo

 

Por vários relatos de que já tivemos oportunidade de ler aqui no Clube, pudemos perceber que existem gatos que podem tornar-se bastante agressivos, e nem sempre é fácil lidar com eles nessas situações.

Essa agressividade dos gatos pode ser uma expressão de territorialismo, domínio sobre outro gato, ou simplesmente dor e medo. Também pode acontecer a mesma fazer parte da personalidade do próprio gato ou resultar de algum problema comportamental, sem uma causa concreta ou específica.

Quando estamos perante um gato agressivo, e queremos acalmá-lo, são necessários alguns cuidados e muita cautela, não só para nos protegermos, como para proteger o próprio animal, evitando magoá-lo ou irritá-lo ainda mais.

É mais fácil, para os donos de gatos mais agressivos, reconhecer os sinais de alerta e tomar medidas que minimizem este comportamento perigoso, mas qualquer pessoa, até mesmo estranha ao animal, pode ver-se numa situação em que tenha que actuar.

 

 

 

Por isso, aqui ficam algumas dicas que, para melhor eficácia, exigem que a pessoa mantenha a calma, e seja bastante paciente:

 

1 - É importante a pessoa proteger-se com luvas, roupa mais grossa e até óculos protectores, para evitar que se magoe durante o pico de agressividade do gato, em que o mesmo pode tentar morder e arranhar. Deve também ter à mão uma toalha, para o caso de ser necessário imobilizar o animal sem o magoar, e que vai, igualmente, ajudar a acalmar.

 

2 - Saber a possível causa da agressividade do gato é meio caminho andado para evitar ou prevenir esses ataques agressivos. A presença de pessoas estranhas, objetos, barulhos e algumas situações específicas são factores que podem desencadear um comportamento mais agressivo. Sabendo o que lhe provoca a agressividade, e evitando essas situações, podemos diminuir a frequência desse comportamento iou até mesmo anulá-lo.

 

3 - Manter uma atitude confiante, e falar com calma e de forma pausada, são atitudes fundamentais a ter em conta, já que o gato vai agir de acordo com a forma como a pessoa se comporta, e consegue detetar o que a mesma está a sentir no seu comportamento corporal e tom de voz utilizado.

 

4 -  Sons sibilares (como “shh”) são de evitar junto de um gato assustado ou com medo pois é este, normalmente, o som que fazem quando estão mais agressivos ou assustados.

 

5 - Invistir num spray calmante de feromonas (próprio para gatos), que são úteis quando se pretende ajudar o gato a acalmar mais rapidamente.

 

6 - A esterilização/castração de gatos atenua o comportamento relacionado com o cio e, se o gato for muito agressivo, pode ser uma forma de minorar esse comportamento.

 

7 - Para quem tiver disponibilidade e paciência, é aconselhável trabalhar múltiplas vezes com o seu gato, durante todo o dia, por períodos curtos. Quanto mais interagirmos com o animal e tentar acalmar os seus medos e transtornos, mais o gato aprende a lidar com as diversas interações diárias. No entanto, como foi dito, estes períodos de interação devem ser curtos, para não sobrecarregar o gato com estímulos. É mais fácil conseguir educar um gato a ser menos agressivo quando eles ainda são bebés, mas não quer dizer que um gato mais velho não o possa ser também. Perseverança e pensamento positivo podem ser bons aliados. 

 

Como é óbvio, existem casos de agressividade extrema, em que se torna difícil, ou mesmo impossível, a convivência saudável e confiante entre os gatos e os humanos, sobretudo quando falamos de espaços limitados, como apartamentos ou moradias (em que os gatos são mantidos no interior).

Nesses casos, e perante o perigo constante e iminente, e impossibilidade de conter um ataque, talvez seja aconselhável ponderar outras soluções viáveis, para que o animal possa continuar a viver a sua vida, sem pôr em causa a segurança dos seus donos.

 

Situações que só quem tem gatos entende!

Aos olhos dos outros pode até passar despercebido, ou não haver uma explicação plausível, mas para quem convive diariamente com felinos, estas situações são já banais e perfeitamente justificadas!

 

1 – Ter as mãos e braços sempre arranhados

2 – E o sofá também

Gato sofá arranhar

 

3 – Ter dificuldade em tirar uma fotografia decente aos gatos, em que eles posem quietos e a olhar para a máquina fotográfica

Gato foto

 

4 – Não conseguir trabalhar no computador descansados, sempre com eles a passar à frente do monitor ou a andar por cima do teclado

5 – Ver suas coisas sempre no chão

Gato derrubar

 

6 – Entrar em desespero porque não vemos o nosso gato em lado nenhum, e descobrir depois que ele estava escondido num esconderijo qualquer, a rir-se de nós

 

7 – Ou então empoleirado numa prateleira a fazer das suas

Gato prateleira

 

8 – Utilizar a técnica de mexer nas embalagens ou latas de comida, para fazer com que saiam do esconderijo e apareçam

 

– Perceber o humor do bichano a partir da posição de seu rabo ou da sua expressão ou posição

 

10 – Não se apegar a nenhum tipo de fio, como carregadores ou outros, porque eles gostam de os morder e estragam-nos num instante

Gato mordendo corda fio

 

11 – Acostumar-se a ver toda a roupa coberta de pelos, que teimam em não querer sair de forma alguma

12 – Possuir um despertador natural, que nos acorda com pequenas batidinhas no rosto

Gato acordando

 

13 – Apreciar os movimentos de ginasta que eles fazem enquanto se lavam

14 – Entender o que significa a expressão “amassar pãozinho”

Gato amassar

 

15 – Encontrá-los dentro de caixas e nos lugares mais estranhos que se possa imaginar

16 – Não poder usar o lavatório.o bidé ou o lava loiça, porque eles se deitam lá dentro

Gato pia

 

 

17 – Habituar a ver as acrobacias que eles fazem, tipo "Homem-Aranha", a saltar para as paredes e trepar as cortinas lá de casa

18 – Atender a todos os caprichos e desejos dos nossos bichanos, como se fossemos meros empregados sempre ao dispor

19 – Tentar emcontrar as posições mais esquisitas na cama, só para não incomodar os felinos que já lá estão a dormir

gato gif dormir

 

20 – Não ter mais privacidade, principalmente na casa de banho!

 

E se o nosso chefe fosse um gato?!

se-meu-chefe-fosse-um-gato-4

 

O cartonista Tom Fonder criou a série As Aventuras do Gato de Negócios (The Adventures of a Business Cat), que recria diversas situações do mundo dos negócios, mas em que o chefe é, nada mais, nada menos, que um gato!
 
Podem ver as restantes imagens AQUI ou acompanhar o trabalho deste cartonista e as aventuras deste "Gato de Negócios" através do facebook AQUI.