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Clube de Gatos do Sapo

Este blog pertence a todos os gatos que andam aqui pela plataforma do Sapo, e que pretendem contar as suas aventuras do dia a dia, dar conselhos, partilhar experiências e conhecimentos, e dar-vos a conhecer o mundo dos felinos!

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Como acalmar um gato agressivo

 

Por vários relatos de que já tivemos oportunidade de ler aqui no Clube, pudemos perceber que existem gatos que podem tornar-se bastante agressivos, e nem sempre é fácil lidar com eles nessas situações.

Essa agressividade dos gatos pode ser uma expressão de territorialismo, domínio sobre outro gato, ou simplesmente dor e medo. Também pode acontecer a mesma fazer parte da personalidade do próprio gato ou resultar de algum problema comportamental, sem uma causa concreta ou específica.

Quando estamos perante um gato agressivo, e queremos acalmá-lo, são necessários alguns cuidados e muita cautela, não só para nos protegermos, como para proteger o próprio animal, evitando magoá-lo ou irritá-lo ainda mais.

É mais fácil, para os donos de gatos mais agressivos, reconhecer os sinais de alerta e tomar medidas que minimizem este comportamento perigoso, mas qualquer pessoa, até mesmo estranha ao animal, pode ver-se numa situação em que tenha que actuar.

 

 

 

Por isso, aqui ficam algumas dicas que, para melhor eficácia, exigem que a pessoa mantenha a calma, e seja bastante paciente:

 

1 - É importante a pessoa proteger-se com luvas, roupa mais grossa e até óculos protectores, para evitar que se magoe durante o pico de agressividade do gato, em que o mesmo pode tentar morder e arranhar. Deve também ter à mão uma toalha, para o caso de ser necessário imobilizar o animal sem o magoar, e que vai, igualmente, ajudar a acalmar.

 

2 - Saber a possível causa da agressividade do gato é meio caminho andado para evitar ou prevenir esses ataques agressivos. A presença de pessoas estranhas, objetos, barulhos e algumas situações específicas são factores que podem desencadear um comportamento mais agressivo. Sabendo o que lhe provoca a agressividade, e evitando essas situações, podemos diminuir a frequência desse comportamento iou até mesmo anulá-lo.

 

3 - Manter uma atitude confiante, e falar com calma e de forma pausada, são atitudes fundamentais a ter em conta, já que o gato vai agir de acordo com a forma como a pessoa se comporta, e consegue detetar o que a mesma está a sentir no seu comportamento corporal e tom de voz utilizado.

 

4 -  Sons sibilares (como “shh”) são de evitar junto de um gato assustado ou com medo pois é este, normalmente, o som que fazem quando estão mais agressivos ou assustados.

 

5 - Invistir num spray calmante de feromonas (próprio para gatos), que são úteis quando se pretende ajudar o gato a acalmar mais rapidamente.

 

6 - A esterilização/castração de gatos atenua o comportamento relacionado com o cio e, se o gato for muito agressivo, pode ser uma forma de minorar esse comportamento.

 

7 - Para quem tiver disponibilidade e paciência, é aconselhável trabalhar múltiplas vezes com o seu gato, durante todo o dia, por períodos curtos. Quanto mais interagirmos com o animal e tentar acalmar os seus medos e transtornos, mais o gato aprende a lidar com as diversas interações diárias. No entanto, como foi dito, estes períodos de interação devem ser curtos, para não sobrecarregar o gato com estímulos. É mais fácil conseguir educar um gato a ser menos agressivo quando eles ainda são bebés, mas não quer dizer que um gato mais velho não o possa ser também. Perseverança e pensamento positivo podem ser bons aliados. 

 

Como é óbvio, existem casos de agressividade extrema, em que se torna difícil, ou mesmo impossível, a convivência saudável e confiante entre os gatos e os humanos, sobretudo quando falamos de espaços limitados, como apartamentos ou moradias (em que os gatos são mantidos no interior).

Nesses casos, e perante o perigo constante e iminente, e impossibilidade de conter um ataque, talvez seja aconselhável ponderar outras soluções viáveis, para que o animal possa continuar a viver a sua vida, sem pôr em causa a segurança dos seus donos.

 

Gatos "vira lata"? Ou mentalidades pequenas?

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Este gato tem aparecido algumas vezes lá na rua. Não sei se tem dono, apesar de usar uma coleira.

Ontem, à hora do almoço, estava eu a estender roupa quando ele apareceu, e ficou a olhar para mim e a miar.

Pedi ao meu marido para pôr alguma ração numa caixinha e dar-lhe. Assim que alguém se aproxima, o gato foge. Tem medo. É desconfiado. Deixámos a caixa e o meu marido voltou para casa. Assim que viu que não havia ninguém por perto, ele foi até à caixa, e comeu tudo.

Mais tarde, o meu marido voltou a abastecer a caixa e colocou também outra com água.

Poderá este gato ser apelidado de "vira lata"?

 

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Esta gatinha foi mãe há pouco mais de um mês.

Está aqui numa das travessas no centro da vila, e pensamos que os seus filhotes estejam dentro de uma casa abandonada, porque ela está sempre ali perto da porta.

Está muito magrinha mas, ainda assim, algumas pessoas vão-lhe dando comida, tanto a ela cá fora, como dentro da tal casa, através da porta, para o caso dos gatitos lá estarem.

Poderá esta gata ser apelidada de "vira lata"?

 

Ontem, a caminho de casa, encontrei no quintal das antigas instalações da Santa Casa da Misericórdia, dois gatinhos mais pequenos - um preto e outro preto e branco, e um gato maior, amarelo. Assustaram-se quando me viram, mas depois voltaram lá. Enquanto fiquei parada do lado de fora do portão, eles ficaram parados a olhar para mim, do lado de dentro. Estão, provavelmente, abandonados.

Poderão estes gatos serem apelidados de "vira lata"?

 

Aqui em Mafra, são vários os locais onde podemos encontrar gatos na rua, abandonados à sua sorte, sem abrigo decente nem uma família para os acolher. Alguns desses gatos, estão sinalizados com o tal corte na orelha, o que significa que alguma associação pegou neles e os esterilizou, mas só isso. Foram devolvidos ao mesmo ambiente onde antes se encontravam.

Se, por acaso, informamos as associações de animais da existência de alguma animal abandonado, perguntam logo se não podemos acolhê-los temporariamente. Não existem grandes soluções. Se não for o cidadão comum a pegar num destes gatos e levá-lo para sua casa, continuararão na rua até morrerem.

De qualquer forma, mesmo não podendo ficar com eles, muitos dos habitantes vão ajudando conforme podem. E uma dessas ajudas é dar-lhes de comer. Pode não ser ração própria, mas a fome é atenuada.

No entanto, parece que estes gatos incomodam algumas pessoas, ao ponto de os apelidarem de colónias de "vira latas". E quem ainda faz alguma coisa por eles, é acusado de sujar a via pública, e ser culpado pela continuação da existência destas colónias!

Pergunto-me eu, que mentalidade será pior? A daquele que, à sua maneira, vai ajudando os gatos que não têm culpa alguma da sua situação, ou a daquele que apenas critica e discrimina, em vez de sugerir alternativas viáveis para minimizar a situação?!