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Clube de Gatos do Sapo

Este blog pertence a todos os gatos que andam aqui pela plataforma do Sapo, e que pretendem contar as suas aventuras do dia a dia, dar conselhos, partilhar experiências e conhecimentos, e dar-vos a conhecer o mundo dos felinos!

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Alteração de titularidade de animal registado no SIAC

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Quando as nossas bichanas foram chipadas, e registadas no SIAC, uma delas ficou em meu nome, e outra em nome do meu marido.

Agora, com a separação, achei que não fazia sentido que assim continuasse, já que iam as duas ficar comigo.

Posto isto, fui ver o que era necessário para alterar a titularidade de um animal no SIAC.

 

E, de facto, foi muito simples, prático e rápido.

Basta aceder à página do SIAC, entrar no menu Registo do Animal/ Alteração de Titularidade, descarregar e preencher o formulário, que terá que ser assinado pelo titular que transmite, e pelo que recebe, e submeter, nessa mesma página (no final), o formulário assinado, juntamente com cópia dos cartões de cidadão de ambos os titulares.

No campo que tem que ser preenchido aquando da submissão, onde temos que indicar o autor do pedido, eu pensei que seria, neste caso, o meu marido, mas é preferível indicar a própria pessoa porque, em caso de alguma coisa não estar bem, irão enviar email para o autor do pedido.

 

Há também a possibilidade de ambos os titulares efectuarem a transmissão no menu "SIAC Titulares", acedendo ambos com a chave móvel digital, ou leitor de cartões, em que um tem de transmitir, e o outro de aceitar a transmissão.

Se não quiserem, podem sempre levar o tal formulário preenchido e assinado, juntamente com cópia dos documentos de identificação dos titulares, ao médico veterinário, e ele trata do assunto.

 

Eu escolhi a primeira opção, porque me pareceu prática.

E pronto, no próprio dia, mais à tardinha, recebi o email do SIAC, com a conclusão do pedido e o link para imprimir o novo DIAC.

Também podem emitir o DIAC na página, em "SIAC TITULARES", acedendo com a chave móvel digital.

 

Imagem: siac

 

 

 

 

Doenças felinas #4 - Panleucopénia

 

Já muito se ouviu falar, aqui no Clube, da panleucopénia felina, sobretudo depois de a Becas ter sido uma das vítimas deste vírus.

 

Mas, afinal, o que é a panleucopénia?

É uma doença altamente contagiosa, também conhecida como laringoenterite contagiosa ou agranulocitose infecciosa, causada por um vírus pertencente à família Parvoviridae, mais conhecido por parvovírus felino, e é muito comum em gatos domésticos, com maior incidência nos gatos jovens (entre 1/2 meses e 1 ano).

É considerada um dos distúrbios gastrointestinais mais mortais para os gatos, apresentando uma taxa de mortalidade de cerca 80% dos gatos contaminados.

Este microrganismo caracteriza-se pela sua grande resistência, podendo sobreviver por mais de um ano em ambiente aberto.

 

Como se transmite?

A maior parte das infecções ocorre pelo contacto com fezes contaminadas, água, comida ou outros objectos partilhados entre um gato saudável e um infectado (mordidas, saliva), pela gestação, pelo contacto directo entre gatos, ou através de ectoparasitas infectados (como as pulgas, por exemplo).

Após o tratamento, um felino doente pode, através da urina e das fezes, ir eliminando o vírus até seis semanas. 

 
Que órgãos afecta?

 

Se a infecção for transplacentária, pode levar a má formações fetais.

Nos recém nascidos, pode ocorrer o aparecimento de lesões cerebelares, sendo observados sinais de alterações no sistema nervoso central como incoordenações motoras, andar cambaleante, entre outros. Também pode afectar a retina, o nervo óptico, o tecido linfático e a medula óssea.

Em animais mais velhos, a infecção ocorre mais intensamente no tecido linfático, medula óssea e criptas da mucosa intestinal. 

No caso da Becas, para sua sorte (e nossa), o único órgão afectado foi mesmo a medula óssea e, quando medicada, mostrou-se sempre muito activa, com apetite e aparentemente normal, sendo por isso, na opinião dos médicos, um caso totalmente atípico.

 

Quais os sintomas a ter em conta?

A doença tanto pode ocorrer praticamente sem sintomas, como levar a casos de morte súbita sendo, nestes casos, confundida com envenenamento.

Após a penetração do vírus no organismo ocorre uma fase de incubação que pode variar de 2 a 7 dias.

Os principais sintomas da doença são:

- falta de apetite 

- depressão

- vómitos

- febre

- sensibilidade abdominal

- diarreia

- desidratação

 

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico é feito através da associação dos sinais clínicos com resultados dos exames de sangue que apontam para leucopenia.

 

Em que consiste o tratamento e qual a sua eficácia?

O tratamento da panleucopenia felina é mais eficaz quanto mais cedo a doença for diagnosticada.

A falta de tratamento, ou a demora em iniciá-lo, leva a que a panleucopenia felina avance ainda mais, causando desidratação e levando o animal à morte, o que costuma ocorrer poucos dias após o surgimento dos primeiros sintomas. Há casos em que a doença provoca a morte súbita do felino.

O tratamento é caro e trabalhoso, normalmente à base de antibióticos para evitar infecções bacterianas secundárias, administrados por via intravenosa ou oral, fluidoterapia para combater a desidratação e fornecer nutrientes e, caso necessário, transfusões de plasma.

Os animais infectados devem ser isolados, para minimizar o risco de transmissão, e ser acomodados num local limpo, para evitar infecções secundárias que podem debilitar ainda mais o estado geral dos mesmos.

O ideal é o internamento num hospital ou clínica, onde os animais estão em permanente vigilância e monotorização, e onde existem os meios necessários ao tratamento.

Os animais que conseguirem sobreviver de 5 a 7 dias, têm grandes hipóteses de escapar com vida a este vírus.

 

Como prevenir?

A prevenção é feita através da vacinação.

Existe, actualmente, uma vacina que tem por objectivo prevenir contra a calicivirose, rinotraqueíte e panleucopénia, e deve ser administrada às 8 semanas, tendo depois 2 reforços, de 3 a 4 semanas cada um. Os adultos, em especial as fêmeas, devem ser vacinados todos os anos para a manutenção do nível de anticorpo.

Depois de vacinados os gatos tendem a obter imunidade para toda a vida.

 

Dica (de quem já passou por esta situação):

Se notarem que o vosso gato não está bem, e se apresentar algum dos sintomas acima referidos, ou outro qualquer, e mesmo que considerem que não deve ser nada de importante, não hesitem em levá-lo ao veterinário o quanto antes.

Mais vale pecar por excesso de zelo, do que por falta dele.

Se não for nada de importante, melhor para todos. Mas se for grave, quanto mais cedo for diagnosticado, mais hipóteses tem de ser tratado com sucesso. 

Doenças felinas #2 - Vírus da Leucemia Felina

 

Também conhecido por FeLV, este vírus, considerado a maior causa de morte em gatos, ataca e enfraquece o sistema imunitário dos gatos, podendo:

- atacar tecidos e órgãos, levando-os a ficar susceptíveis a várias doenças infecciosas, e causando infecções respiratórias, lesões de pele, anemias, infecções orais, retardo na cicatrização de feridas e problemas reprodutivos. A maioria dos gatos infectados morrem desses sintomas. 


- desenvolver cancro, aparecendo como tumores. Cerca de 33% das mortes por cancro nos gatos são devidas à Leucemia Felina.

 

Como é que os gatos contraem FeLV?

O vírus pode ser transmitido através da saliva, secreções nasais e lacrimais, urina e fezes de gatos portadores. As formas mais comuns são as lambeduras e mordidas. Os filhos de gatas infectadas também podem nascer infectados por meio de contaminação transplacentária ou adquirir o vírus durante a amamentação.

Também os comedouros e bebedouros , quando divididos regularmente com animais infectados, podem ser um veículo de transmissão.

A exposição a este vírus é maior para gatos que têm acesso à rua.

 

Sintomas

Os sinais gerais, também comuns ao FIV podem ser anorexia, depressão, perda de peso e alterações comportamentais.

Existem também sinais clínicos mais específicos, associados às infecções secundárias e à imunossupressão. São eles:

- Halitose devido a gengivites ou estomatites
- Dermatites recorrentes e abscessos
- Otites
- Infecções das vias aéreas
- Enterites
- Anemia não regenerativa
- Leucopenia com neutropenia, linfopenia e trombocitopenia ou leucocitose por linfocitose
- Linfoma
- Fibrossarcoma
- Doenças mieloproliferativas

 

Tratamento

Não existe tratamento específico para o FeLV. Geralmente, realiza-se apenas tratamento sintomático para as infecções decorrentes, anemias e neoplasias.

No entanto, alguns gatos, quando possuem um bom sistema imunitário, são mais resistentes ao vírus que outros com um sistema imunitário mais debilitado.

Os gatos expostos ao vírus podem, também, tornar-se potencialmente portadores, ou seja, podem não desenvolver a doença durante um certo tempo, mas carregam o vírus e podem tornar-se doentes e infectar outros gatos, caso a doença se torne ativa.

 

Prevenção 

O melhor, mais seguro e mais eficaz método de prevenção contra o FeLV é a vacina que, por ser inactivada, não causa a doença em hipótese alguma. A primeira administração deve ser aplicada em gatos ainda bebés (entre 8 a 10 semanas de vida).

Se se suspeitar que um gato está infectado, deve-se fazer um teste antes de aplicar a vacina.

 

 

 

 

Doenças felinas #1 - Vírus da Imunodeficiência Felina

 

Também conhecido por FIV, o Vírus da Imunodeficiência Felina, só é transmitido de gato para gato, e não para os seres humanos ou outros animais. Mesmo de gato para gato, não é facilmente transmitido porque é necessária uma dose muito elevada para que tal aconteça.

 

Mas, como é que ocorre essa transmissão?  

O vírus está presente no sangue e saliva de gatos infectados. As vias mais comuns de infecção são através da mordida, quando o vírus na saliva do gato infectado é injectado directamente na corrente sanguínea do gato mordido, ou através das lutas de gatos, normalmente não castrados, que podem também ser infectados. Por outro lado, um gato que morde um gato infectado, tem menos risco de ser infectado, uma vez que o vírus não é injectado directamente na corrente sanguínea, embora ainda haja um elemento de risco. 

 

O que é que este vírus provoca?

O FIV diminui drasticamente as capacidades imunitárias, esgotando o número de células brancas do sangue, o que proporciona o fácil aparecimento de infecções e outras doenças, e torna os gatos menos capazes de as combater. No entanto, o FIV é um vírus de acção lenta, e muitos gatos infectados podem ter uma vida normal, sem problemas de saúde aparentes, decorrentes do vírus.

 

Principais sintomas:

  • falta de apetite
  • emagrecimento
  • febre
  • diarreia
  • dificuldades respiratórias/ infecções do trato respiratório (rinite ou bronquite)
  • tumefação das glândulas linfáticas
  • conjuntivite
  • gengivite (inflamação da gengiva)
  • espirros, e corrimento nasal e ocular
  • estomatite
  • insuficiência renal

 

 

 

Uma vez transmitido, o vírus aloja-se no corpo para sempre. Não existe cura, mas os gatos podem viver uma vida normal e longa.

Os principais cuidados que o dono de um gato portador deste vírus deve ter são:

  • proporcionar uma alimentação saudável e equilibrada
  • ter a vacinação sempre em dia
  • manter o gato dentro de casa para não correr o risco de ficarem doentes e para não infectar outros gatos
  • manter-se sempre atento à condição física do gato, para detectar eventuais sintomas