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Clube de Gatos do Sapo

Este blog pertence a todos os gatos que andam aqui pela plataforma do Sapo, e que pretendem contar as suas aventuras do dia a dia, dar conselhos, partilhar experiências e conhecimentos, e dar-vos a conhecer o mundo dos felinos!

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Uma tragédia no mundo do resgate animal nos Estados Unidos

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"(...) o mundo do resgate animal está de luto, ao saber da dolorosa tragédia no santuário Happy Cat Sanctuary, nos Estados Unidos.

Na madrugada do dia 31 de março de 2025, um incêndio devastador tirou a vida de Chris Arsenault, fundador do santuário, e de pelo menos 100 gatos que ele cuidava com muita dedicação.

Chris Arsenault iniciou seu trabalho de resgate em 2006, após a perda do filho num acidente de mota.
Desde então, proporcionou abrigo e amor a muitos gatinhos carentes.
Estava prestes a mudar o seu santuário para outro lugar por ameaças e assédio.

Não se exclui que o incêndio tenha tido mão criminosa, segundo seus conhecidos.

Chris conseguiu salvar cerca de 200 gatos, no frenesim de entradas e saídas no santuário que era consumido pelas chamas.

Chris entrou uma última vez e não voltou a sair mais.

Chris perdeu a vida a fazer aquilo que mais amava.

Desde Portugal 🇵🇹, o IRA deseja as mais sentidas condolências à família e amigos 🖤

Viveste como um guerreiro, morreste como um herói!

Rest in Peace Chris Arsenault 🫡

IRA"

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Copiado da pág do IRA.

Por onde andas gatinha?

Quem trata de gatos de rua, sabe à partida, que eles estão sujeitos a perigos e que podem desaparecer.

No entanto custa sempre, perceber que algum se "ausentou", e talvez para sempre. Esta colónia parece tranquila e segura, mas também tem uma estrada onde alguns carros aceleram bastante!

Afeiçoei-me tanto, mas tanto à Gémea. Já passaram muitos dias, desde que a vi. Ela era aquela gata que me esperava, entrava dentro do meu carro, pedia festinhas na barriga. Foi a gata que tratei quando era pequena e estava doente. Foi a gata que consegui "patrocínio" para ser esterilizada. A gata que ficava à minha porta porque sabia os meus horários. Foi a gata que tentei que alguma amiga ficasse com ela, mas não consegui.

Tenho esperança que alguém a tenha levado, por ser tão meiga e doce e esteja agora num lar...Mas gostava de saber, para ficar mais tranquila.

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O fim de uma colónia (pelos piores motivos)

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Da última vez que aqui falei da Colónia de Santo André, a mesma estava a ser intervencionada por uma associação, com vista ao CED. Isto foi em Julho.

 

Hoje, final de setembro, é com muita pena minha que aqui escrevo sobre o fim da colónia 

Não porque tenham sido adoptados, mas porque todos, à excepção da Bela, desapareceram.

 

Hoje, ao falar com uma senhora que vive ao lado da colónia, ela disse-me que os filhotes da Beckie, que estavam num quintal do outro lado da estrada, devem ter morrido, atacados por ratazanas (parece que por ali andam algumas).

 

Por outro lado, a mesma senhora diz que costumam ir para aquele edifício algumas pessoas, à noite. Ora, não será preciso dizer mais, para adivinharmos que tipo de pessoas irão para ali, e o que poderão fazer aos gatos que, por norma, é ao final do dia e noite que ali aparecem.

 

Os primeiros gatos da colónia, como é o caso da Bela, estão ali há cerca de 3 anos. Desde então, muitos nasceram, outros tantos morreram (uns ainda bebés, outros atropelados ao atravessarem a estrada), outros desapareceram.

Mas há muito que por lá andavam os residentes habituais, sobreviventes, com quem acabei por criar uma ligação especial, apelidando-os de meus afilhados.

 

Sinto-me triste porque, provavelmente, nunca mais irei ver a pequena Oreo, ou o meu Pompom, que eu tanto adorava, e que acompanhei desde que eram pequenitos.

Nem as malhadinhas - Minnie, Margarida e Charlotte. Nem o D. Juan. Nem a Flockita, nem a Beckie.

 

Sinto-me triste, porque não morreram de fome, nem de frio, nem por doença. Nem por conta dos estudantes que para lá iam durante o dia.

Porque não morreram, nem sequer, quando deitaram abaixo parte do edifício. Porque nunca ninguém lhes fez mal e, agora, sem saber o que se passou, não há nem sinal de nenhum deles.

 

Aliás, o único sinal do que, eventualmente, pode ter acontecido, é de embrulhar o estômago.

No outro dia, e porque a associação teve conhecimento do desaparecimento dos gatos, e perguntou se teria sido algum caso de envenenamento, embora os médicos da Câmara digam que ninguém participou o aparecimento de cadáveres, arrisquei-me a ir ao pátio do edifício.

 

Andava por lá a Bela. Ficou a ver o que eu estava ali a fazer. Não quis (nem sei bem por onde se entra) entrar dentro do próprio edifício. Fiquei-me pelo pátio que vai dar à parte demolida. Não vi nada.

Mas ali, no sítio onde costumam brincar e andar, no meio das ervas, estava aquilo que com que ninguém se quer deparar: um cadáver de um gato.

 

E não fiquei ali mais tempo, não fosse ver mais alguma coisa que não quisesse. Não sei o que poderá, quem tiver autoridade para entrar no edifício e o faça, encontrar lá dentro. 

 

Para já, resta a Belinha, que não sei até quando se irá aguentar por ali sozinha, ou até que qualquer outro gato a ela se junte.

 

A tristeza e a felicidade nos gatos

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Como já aqui disse várias vezes, a Becas e a Amora são duas gatas muito diferentes a nível de comportamento.

 

Quando pequenas, a Becas era uma espécie de macaca, activa, subia por todo o lado, corria e brincava.

A Amora ia brincando conforme conseguia, mas eram mais as vezes que ficava apenas a observar, precisando de ser estimulada.

 

 

 

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Agora que já têm 3 anos, é visível a mudança que ocorreu em ambas.

A Becas é agora uma gata muito mais séria, que gosta de brincar, sobretudo, se o fizermos com ela, mas prefere muitas vezes estar deitada. A não ser quando quer companhia para comer, não pede atenção. Fica à espera que lhe seja dada por nós, de livre vontade. É capaz de ficar horas sozinha, se não a formos buscar e, mesmo assim, quando por vezes o fazemos, vai-se embora chateada por a termos incomodado.

Mas, como também já mencionei, é uma gata extremamente carente, cujos "nãos" são, muitas vezes, um "sim".

Olhando para ela, e tirando alguns momentos em que se percebe que está bem, tenho sempre a sensação de que está triste, com um ar fechado, sério... É estranho, mas é o que sinto.

 

 

Por outro lado, a Amora tem os seus momentos de carência mas, de uma forma geral, parece sempre uma gata feliz, animada, bem disposta. Vejo-a muitas vezes a brincar e entreter-se sozinha, a mostrar a sua vontade, a aventurar-se.  

 

 

Ainda não cheguei a esse ponto...

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...nem sei se algum dia conseguirei.

 

 

Por muito que sejamos apaixonados pelos animais e queiramos vê-los bem, ou ajudá-los quando precisam, nem sempre conseguimos estar lá para todos.

Os veterinários sabem disso, as associações sabem disso, algumas pessoas que lidam com os animais sabem disso. E, com o tempo, vão ficando vacinadas contra o choque, a tristeza, a impotência, a frustração... Não é que não o sintam, mas conseguem ultrapassar mais facilmente porque, afinal, não podem fazer mais nada e existem outros à espera.

Algumas pessoas conseguem passar pelas situações, observando, agindo e seguindo em frente, sem se deixarem afectar muito porque, se fossem desesperar e cair em lágrimas sempre que algo de pior acontece, estariam apenas a prejudicar a sua saúde mental.

 

 

Eu ainda não consegui chegar a esse ponto. Ainda me deixo afectar facilmente. Ainda sofro com a má sorte dos animais que vou encontrando ou conhecendo nesta vida. A fonte ainda está longe de secar.

Hoje, quando ia com a minha filha para a escola, deparámo-nos com um gato morto na estrada. Os carros desviavam-se para a outra faixa, para não passarem por cima. Não era nenhum dos meus afilhados. Não conhecia o gato, nunca o tinha visto na vida.

Mas fez-me imensa impressão. Alguém o atropelou, e seguiu em frente. Estava cheio de sangue.

 

 

Deixei a minha filha na escola, e voltei pelo mesmo caminho, para casa. O trânsito aquela hora é terrível, porque os pais vão levar os filhos à escola. A continuar ali na estrada, involuntariamente, o gato poderia provocar algum acidente. Passaram várias pessoas que, como eu, olharam e seguiram caminho. Mas não consegui deixá-lo ali.

Aproveitei que não vinham carros naquela faixa e peguei no gato, levando-o para o passeio. O corpo não estava rígido, o que significa que tinha sido atropelado há pouco tempo. O pelo estava cheio de salpicos de sangue, e nem vale a pena descrever como estava a cabeça dele.

Entretanto liguei para a protecção civil, que me encaminhou para o canil, para fazer a recolha do animal.

 

 

Talvez chegue o dia em que em consiga fazer tudo isto e voltar à minha vida, sem me chocar, sem chorar, sem me preocupar muito porque não havia nada que eu pudesse fazer.

Mas hoje, a imagem não me sai da cabeça, e é sempre difícil esquecer todas as imagens que se vão juntando ao longo do tempo.

 

O triste comentário do Sr. Júdice no jornal das 8 TVI

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O homem falou, falou, e a dada altura vai buscar o tema dos animais. Foi um comentário tão sarcástico, ignorante, ele gozou e desvalorizou o tema. Como pode existir alguém assim!? Uma pessoa importante, culta, influente e depois dizer estas calinadas. Uma tristeza! Nunca deve ter tido um animal de estimação. Possivelmente nunca um o escolheu, e posso imaginar o porquê!

 

Não consegui  colocar aqui o vídeo, mas o tema surge mesmo no fim da sua intervenção.

Entretanto, consegui encontrar o comentário por ele escrito.

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