Quando devemos vacinar os nossos gatos?
Tabela de vacinação
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A propósito de uma publicação anterior, da petição para permitir alimentar os animais de rua, surgiu um comentário, que defendia um projeto que visasse, não só a alimentação, como também a desparasitação, vacinação, e controlo da reprodução.
De certa forma, concordo.
Existe a preocupação prioritária com o controlo da reprodução e superpopulação de gatos mas, depois, tudo o resto é, de certa forma, ignorado.
A ideia que fica é que os gatos podem andar pelas ruas doentes, com forme, cheios de parasitas que lhes fazem mal, mas desde que não procriem, já está tudo bem.
Neste momento, existem duas situações distintas:
- gatos de rua que pertencem ou são agrupados em colónias, em que eventualmente existe intervenção das associações no âmbito do projecto CED (captura/ esterilização/ devolução), e em que existem, muitas vezes, os chamados "cuidadores"
- gatos de rua solitários, que não se inserem em colónias, e que são, eventualmente, alimentados e/ou cuidados pelos moradores ou outros particulares
No caso dos gatos das colónias que foram objecto da intervenção do projecto CED, que acompanhamento é feito, posteriormente, a estes gatos, por parte das associações/ entidades competentes?
Deixo aqui várias questões, que ficam a aguardar resposta, de quem saiba ou esteja em condições de esclarecer:
Geral/ Alimentação
- As associações que intervêm nas colónias com o CED, após o procedimento habitual, deixam de acompanhar as colónias, ficando os animais entregues a si mesmos?
- Depois de uma colónia ser sinalizada e intervencionada, as associações ficam encarregadas da alimentação destes animais? Ou contam com o apoio dos cuidadores para essa função? E as que não têm cuidadores?
Saúde
- É normal as associações fazerem visitas regulares às colónias, para observar o estado geral dos gatos e detectar possíveis problemas de saúde?
- Podem as associações, em caso de problemas de saúde, levá-los ao veterinário e tratar o problema em causa? É um procedimento habitual? Ou não existe verba para tal?
- Relativamente à vacinação, não faria sentido apostar na mesma, no âmbito do projecto CED, já que iria prevenir eventuais doenças que podem acometer estes animais de rua, mais expostos a vírus, bactérias e afins?
- Uma vez que a vacinação é feita por fases, seria uma opção viável e fácil de concretizar, ou uma tarefa difícil, sobretudo naqueles animais mais silvestres, que não se deixam apanhar, implicando capturas constantes dos gatos, sempre que fosse necessário vacinar? Como controlariam as associações as várias colónias, e respectivos gatos, quanto à vacinação, datas da mesma, reforços?
- Mais complicado ainda, penso eu, será a desparasitação (interna e externa). Como seria possível às associações/ cuidadores, sobretudo nos casos de gatos silvestres, fazer e controlar a desparasitação regularmente?
E os gatos que andam por aí solitários, e que só contam com a boa vontade de quem os queira ajudar?
Que apoios existem para eles, e para essas pessoas que os queiram ajudar?
O Hospital Veterinário do Atlântico, em Mafra, vai promover um seminário sobre a importância da vacinação e desparasitação dos animais de estimação.
Serão abordados temas como as doenças que a vacinação previne, o protocolo vacinal em cães e gatos, e a importância da desparasitação interna e externa.
O seminário tem a duração de 1.30h, com início às 10 horas, e pausa entre palestras para coffee-break.
A inscrição é gratuita e pode ser feita através de email ou telefone:
social@hvatlantico.pt/ 261 810 060
Tal como no caso dos humanos, também para os felinos a vacinação constitui a melhor forma de prevenção de doenças infecciosas.
Assim, existe o chamado Protocolo Vacinal, que todos os gatos devem seguir, pela sua saúde.
Primovacinação
8 semanas – Herpesvirus, Calicivirus e Panleucopenia felina (Tricat) - esta vacina protege o felino de doenças do trato respiratório, como é o caso das duas primeiras, e da panleucopénia, que já aqui foi falada anteriormente.
Numa única vacina, poderá proteger o seu gato contra estas três doenças, tendo que efectuar o seu reforço por mais duas vezes:
1º reforço - 11 a 12 semanas
2º reforço - 14 a 16 semanas
No caso da Becas e da Amora, devido ao problema da primeira, foram vacinadas mais tarde e, como tal, só precisaram de efectuar um reforço.
A partir de então, a vacina deverá ser repetida anualmente.
FELV
Depois de feito o despiste de FIV/FelV, e no caso de os testes darem um resultado negativo, os veterinários aconselham os donos a vacinarem os seus felinos contra o Felv, principalmente se os mesmos estiverem em contacto com outros animais não testados, ou tiverem acesso à rua. O reforço deverá ser efectuado 3 a 4 semanas depois.
Raiva
A vacina da raiva, que não é obrigatória para gatos em Portugal, pode ser administrada a partir dos 3 meses de idade. É aconselhada quando se viaja para o exterior.