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Clube de Gatos do Sapo

Este blog pertence a todos os gatos que andam aqui pela plataforma do Sapo, e que pretendem contar as suas aventuras do dia a dia, dar conselhos, partilhar experiências e conhecimentos, e dar-vos a conhecer o mundo dos felinos!

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há algum tempo sem notícias

Para vos dizer que a Kat, de repente, emagreceu, não comia nada, estava apática.

Tive de pedir ajuda numa nova clínica veterinária que faz domícilios.

Passei na clínica e depois de contar tudo o que se passava com a gata, recomendaram-me que a levasse lá.

Ela precisava de ser observada, fazer análises de sangue.

As médicas veterinárias são jovens, bem como a técnica auxiliar e a enfermeira.

Informando eu que a Kat  é uma gata difícil, que não conseguiria metê-la na transportadora, deram-me um comprimido para a acalmar, vinha logo a seguir a técnica auxiliar.

Meti-a na divisão mais pequena e fácil de a pegar.

Ficou possessa quando viu as luvas da jovem técnica, fugia de nós, mas conseguimos metê-la na transportadora.

Na clínica, estava sossegada, enquanto não entrava para a sala de tratamentos.

Para a sedá-la, foi o cabo dos trabalhos, a jovem veterinária e a técnica conseguiram muito bem controlá-la.

Uns minutos depois estava inerte e pronta para a ser examinada.

Exames de sangue ( resultados bons), exame da urina, que vai ser analisada num laboratório, uma ferida junto ao ânus.

Apesar da conjuntivite, os olhos estão bem.O problema da Kat era a coceira.

Ecografia aos orgãos internos, nada suspeito, a não ser alguns cristais.

Estava desidratada, ficou internada por uma noite, com soro.

Foi-lhe injectada toda a medicação necessária.

Ontem, fui buscá-la.

Esteve toda a noite stressada, trouxe-a para casa, medicada, mas com mais medicação para lhe dar e tem sido difícil.

Ela voltou à apatia, à falta de apetite. Comprei tudo o que era possível para que ela comesse: pôr a medicação no patê, fiambre, peixe cozido que fiz de propósito.

Mas nada!

Isto é, o pouquíssimo que comeu, não sei se o antibiótico entrou para o seu estômago.

Ampolas, comprimidos, nada tenho conseguido  meter na boca.

Através de e-mails, contactei a pessoa que estava de urgência, e foi-me dando sugestões.

Uma delas, foi tirar o penso, que estaria a apertar porque, ao ver a fotografia que enviei,percebeu que poderia estar a magoá-la.

A Kat deixou-me tirá-la.

Logo a seguir, deitada que estava no sofá, e com uma pequena manta por baixo, fui buscar ração e pus o prato e orientei a cabeça, que tem um colar, e comeu.

Fiquei mais satisfeita.

Entretanto,como não bebeu nada, peguei nela e fui pô-la a beber. 
O colar impedia-a, mas percebi que se mudasse para um recipiente mais baixo ela beberia.

E bebeu.

Agora, está na hora de lhe dar a medicação.

Fui aconselhada a aquecer um pouco o patê, para que a Kat sentisse o odor.

Vamos ver se desta vez ela come.

Logo, tenho de lhe dar o calmante. Amanhã,de manhã cedo, dou-lhe  2º e tentar levá-la à clínica.

Lavei outra manta onde ela costuma dormir ao sol, para não levar a mesma  que nos fez metê-la na transportadora.

A Kat não pode ver essa manta à sua frente. 

Espero ter sucesso, amanhã. Caso contrário, vou ter de chamar alguém que me ajude.

 

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A colónia está praticamente esterilizada

Depois de alguns contactos, trocas de e-mails, adiamentos, chegou o esperado dia.

Uma equipa fantástica, com elementos da câmara, da associação, e da classe veterinária, se assim lhe posso chamar, atuou na captura dos gatinhos.

Uma das coisas que me disseram logo foi para que o espaço estivesse sempre limpo, pois seria algo bastante importante. Sempre tive essa preocupação, mas agora estarei ainda mais atenta. Infelizmente há quem deite comida estrada aos gatos, que além de lhes fazer mal, só faz acumular moscas. Terei de falar com essas pessoas e tentar que tenham essa consciência.

Para mim,  ver o profissionalismo, com que fizeram as capturas com toda a precisão, eficácia e cuidado, foi bastante importante.

Foram muito pacientes, porque são coisas que demoraram. Houve gatos espertos que não caíam à primeira, nem à segunda. Houve um que não entrou mesmo lá. Outro que nem apareceu, ou seja, dois em falta, que irão mais tarde!

Pelo menos as fêmeas, as que estavam, todas seguiram. Ficou uma, porque não deu o ar da sua graça nesse dia.

Depois de estarem esterilizados fui informada que tudo tinha corrido bem, e que todos estavam bem. Importante para mim, estarem sempre a por-me ao corrente de tudo.

Quando foram devolvidos, não estava no local, mas esteve outra cuidadora, que me relatou que tudo tinha corrido bem. 

Agora temos ter atenção para que o pós-operatório corra bem e não haja problemas ou infeções, mas caso haja, "eles" vêm tratar dos bichanos.

No dia da devolução, quando cheguei à colónia, não estavam todos à minha espera, mas aos poucos, iam os reencontrando, via um, depois via outro. Mais à tarde já tinha reencontrado quase todos. E sempre que via um, era uma enorme emoção.

Perceber que é possível eles continuarem por aqui, mas de forma mais controlada, legalizada e protegida, é bom para eles, e é muito mais tranquilo para nós cuidadores.

Faltam apenas 4 ou 5 gatinhos para esta missão estar concluída, porque estou com dúvidas num pardo, os pardos são os mais difíceis de distinguir para mim, até distingo melhor os pretinhos! Também há outra fêmea muito parecida com uma de cá, mas que só cá vem de visita. Tem uma marca que parece uma estrela 🌟 na cabeça...

É que há fases em parece que aumentam, e quando tenho de dizer quantos são, já conto 18, mas há dias que nem 10 vêm a hora da comidinha. Eles têm muitos lugares para se refugiar e algumas pessoas a quem pedir comida!

Só posso estar grata a todos os intervenientes neste processo. À câmara local, à associação, à veterinária, em suma a todos os envolvidos. Gostaria de fazer um agradecimento mais direto, mas, visto que ainda a semana passada, mais uma vez,  houve um carro que veio aqui abandonar gatos, e foi visto pelos moradores, não o vou fazer por esse motivo. Também informo essas pessoas, que agora há mais pessoas e entidades atentas a isso, e prontas a denunciar.

Estes seres agora têm o chip da câmara, são animais comunitários.  Espero que estejam mais protegidos, não só pelos cuidadores, como pela lei.

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