Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Clube de Gatos do Sapo

Este blog pertence a todos os gatos que andam aqui pela plataforma do Sapo, e que pretendem contar as suas aventuras do dia a dia, dar conselhos, partilhar experiências e conhecimentos, e dar-vos a conhecer o mundo dos felinos!

Clube de Gatos do Sapo

Este blog pertence a todos os gatos que andam aqui pela plataforma do Sapo, e que pretendem contar as suas aventuras do dia a dia, dar conselhos, partilhar experiências e conhecimentos, e dar-vos a conhecer o mundo dos felinos!

a nova família dos gatinhos

IMG_4719.JPG

Quinta-feira de manhã, parti de Braga em direcção a Vila Franca de Xira para entregar os dois gatinhos à família que muito ansiava por eles.

Custou-me de mais tirá-los da mãe.

Mal meti a gatinha na caixa transportadora, fiquei de coração triste, ela miava muito.

Um dos gatos pretos estava  encostado à mãe gata, não sabia se era este o macho ou a fêmea, peguei nele, para ver se era o macho, fiquei na dúvida porque o pêlo preto enconbria a seu orgão genital, eis que o meu cunhado apareceu da sua caminhada matinal,  pedi que segurasse nele enquanto eu pegava no outro, que fugia de mim, para ter a certeza de que levava o gatinho adoptado.

Era, sim, o macho que estava com a mãe ( parecia que estava a despedir-se da mãe) meti-o na caixa. Miavam imenso, doía-me o coração tirá-los à mãe.

A gatinha encostou-se, assustada, ao canto da caixa, o gato preto, olhos bem abertos, estava mais tranquilo. Ia falando com eles, os meus dedos serenamente batiam no tampo da caixa para os sossegar.

Segui para a estação, no carro não paravam de miar.

Mal entrei nela, ainda faltavam 30 minutos para o comboio partir, um casal de brasileiros viram a caixa transportadora

"ui, que lindos gatchinhos! para onde vão seus gatchinhos?!"  Expliquei que iam viajar até perto de Lisboa, que iam ter uma bonita família, que eles tinham mais três irmãos que ficaram com a mãe gata. Mais uns minutos de conversa, uma boa viagem, "Deus te acompanhe", foram as palavras que me agradaram ouvir. Eu estava muito, mas muito preocupada com esta viagem que na minha ideia ia ser complicada.

Fui tomar café, todas as pessoas que estavam por ali olhavam a caixa.

Enquanto esperava a hora de entrar para o comboio falava com eles, abria a porta e dava um jeito ao resguardo absorvente, à taça da água, à ração que eles não lhes tocaram em todo o percurso.

Entramos no comboio, voltaram os mios. 

A caixa ocupava todo o meu espaço dos meus pés, o comboio partiu, os gatinhos sossegaram. Até ao Porto, sem ninguém no lugar ao lado, eu ia espreitando-os. A gatinha continuava na mesma posição, nunca levantou a cabeça, estava assustada. O gato, de olho aberto, estava bem.

Foram 3h30 de viagem, que ninguém os ouviu. E eu fiquei tranquila.

Quando parou em Vila Franca de Xira e a jovem estrangeira que viajava ao meu lado se levantou para eu poder sair, senti que o cheiro a cocó que saía da caixa era intenso.

Mal saí do comboio, espreitei a caixa. O resguardo estava sujo e molhado, não da água, que estava intacta, mas de xixi e cocó da gatinha que, com o susto e o medo, não se controlou.

A H veio ter comigo, abraçamo-nos como se nos conhecessemos há muito tempo, foi um momento lindo.

Fomos imediatamente para casa, os filhos estavam à espera de ver os bebés. O gatinho estava inpecável, a gatinha tinha o pêlo sujo.

IMG_4736.JPG

 

A H, foi dar-lhe um banho. A gatinha deixou, e ficou mais calma naquele banho tão bom.

IMG_4738.jpg

 

Depois de  secar, foi desfrutar do espaço que é deles.

IMG_4740.JPG

IMG_4742.JPG

 

Entraram na sua casinha, era vê-los com algum receio porque não era o seu anterior espaço, mas de um conforto único.

IMG_4743.JPG

Saímos de casa, fomos tomar café, uma conversa sobre nós, quase nem dávamos pela hora do comboio da minha viagem de regresso.

A H teve a ideia de irmos a pé, até à estação,  pela via pedonal junto ao Tejo.

Foi, sem dúvida, pouco mais de uma hora que estivemos juntas, mas fiquei muito feliz por que percebi que os gatinhos vão ser muito acarinhados nesta família, e que a H ficou grata por ter oferecido dois belos felinos que vão ser a alegria da sua família.

Entretanto, já recebi vídeos dos dois bebés. Eles estão muito, muito bem.

Obrigada H, foi um raio de sol que entrou na vida destes dois gatinhos.

 

 

 

Encomendas felinas!

 

Todos sabemos como os gatos têm uma adoração especial por caixas! 

Nestes casos, esse fascínio poderia ter-lhes custado a vida e valeram, por certo, muitos nervos e preocupação aos donos.

 

Uma gatinha, na Itália passou por um mau momento quando resolveu enfiar-se dentro de uma caixa, onde acabou por adormecer.

O dono da gata, sem saber que ela estava na caixa de papelão, fechou a caixa e enviou-a para o seu destino final – a centenas de quilômetros de distância.

A caixa esteve viagem por quatro dias, e a gata permaneceu no seu interior durante todo esse tempo. Quando a encomenda chegou a Vicenza, os funcionários do correio local ficaram alarmados ao ver uma caixa a mexer e decidiram abri-la, encontrando a gata que, apesar de desidratada, estava melhor do que seria de esperar.

Felizmente, conseguiram identificar o dono que, desesperado à procura da gata que tinha desaparecido, ao saber onde ela estava, dirigiu-se de imediato para o local.

 

 

 

Também em Inglaterra ocorreu uma história semelhante.

Uma gata, de oito anos, estaria a dormir dentro da caixa de cartão quando a dona, Julie Baggott, sem se aperceber da sua presença, fechou a encomenda de DVD's e a enviou pelo correio para um cliente.

Foram oito dias que a gata esteve fechada na caixa, levada pelos serviços de correio de Inglaterra, de uma distância de 418 quilómetros, entre as localidades de Falmouth, na Cornualha, e Worthing, em West Sussex.

O grupo de serviços veterinários ajudou a encontrar os donos de Cupcake através do "microchip" de identificação do animal.

E também esta história teve um final feliz.

 

Mas talvez estas duas gatas tenham ficado um pouco traumatizadas com caixas! Ou então, não!

 

 

 

Caixa de primeiros socorros para gatos e cães

 

Conforme prometido, vou ao longo da semana, deixar aqui um bocadinho daquilo que aprendi no seminário de primeiros socorros a cães e gatos.

Apesar de este ser um blog dedicado aos felinos, vou abordar os vários temas no que respeita também aos cães.

 

 

 

Hoje o tema é a caixa de primeiros socorros, que todos devemos ter em casa ou em viagem, com aquilo que é essencial para tratar, numa primeira fase, os nossos animais.

A caixa, propriamente dita, deverá ser rígida, preferencialmente, de plástico.

Existem algumas caixas à venda com alguns produtos básicos, mas nada como equiparmos a nossa própria caixa, com tudo o que pode ser útil.

 

 

 

 

E o que aconselham a termos na nossa caixa de primeiros socorros é:

 

- compressas esterilizadas

- uma pinça normal, para o caso de ser preciso tirar algum parasita externo, erva ou algo semelhante

- uma tesoura de pontas redondas

- ligadura normal

- adesivo

- álcool para desinfectar os instrumentos e as nossas mãos

- soro fisiológico (para limpar os olhos/ feridas)

- luvas de látex descartáveis normais

- termómetro - que deve ser utilizado só para o(s) animal(ais)

- ligadura elástica e autoadesiva

- água oxigenada, betadine e clorexidina (os veterinários recomendam, em primeiro lugar, a clorexidina, seguida do betadine e, por último, a água oxigenada)

- nitrato de prata, utilizado para estancar, por exemplo, uma hemorragia provadada por um corte mal feito à unha do animal

- manta isotérmica, para manter a temperatura corporal do animal ferido - a manta térmica tem duas faces - dourada e prateada, com funções distintas: 

       * face prateada para cima - para arrefecer e manter fresco o corpo, em casos de hipertermia

       * face dourada para cima - para captar o calor e manter o corpo quente, proteger do frio e da humidade - utilizar em casos de hipotermia

 

- boletim de vacinas, até porque, por norma, costuma ter também o contacto do médico veterinário

 

Foram estes os items que a enfermeira escolheu. Quando questionada sobre a possibilidade de a caixa conter também outro tipo de medicação, foi respondido que existem certos tipos de medicamentos que devem ser exclusivamente administrados em meio hospitar, e nunca pelos donos dos animais.

Há ainda que ter em conta que nem todos os medicamentos utilizados nos humanos têm igual efeito ou servem para os animais.

 

E por aí, há mais alguma coisa que considerem que deve fazer parte desta caixa?