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Clube de Gatos do Sapo

Este blog pertence a todos os gatos que andam aqui pela plataforma do Sapo, e que pretendem contar as suas aventuras do dia a dia, dar conselhos, partilhar experiências e conhecimentos, e dar-vos a conhecer o mundo dos felinos!

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Quando nos afeiçoamos aos gatos dos vizinhos e eles vão embora

Até um dia, Miss Esparguete!

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A Esparguete chegou sem esperarmos.

Num dia, tudo estava normal. No seguinte, tínhamos uma gata a miar à porta.

E, a partir daí, ela foi-nos conquistando, dia após dia, semana após semana, mês após mês.

 

 

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Vinha sempre aqui comer. Por vezes, logo de manhã cedo, mal nos levantávamos.

Vinha sempre ter connosco, pedir mimos e festas.

 

 

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Gostávamos dela, e ela de nós!

Já fazia parte da nossa rua, do bairro, e até um pouco de nós, ainda que tivesse donos.

 

 

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Mais recentemente, acompanhámos a sua gravidez.

E tivemos a sorte de conhecer os seus filhotes. Quase nos "convidou" para ir vê-los, como mãe babada e orgulhosa dos seus rebentos. Deixou-nos aproximar, sem receios.

 

Cerca de uma semana depois, os vizinhos mudaram-se. E nós, ficámos sem a "nossa" Esparguete.

A principal cliente deste restaurante. A convidada de honra.

Espero que, no seu novo lar, possa voltar a estar dentro de casa, com os donos, e com os seus meninos.

E que, lá num cantinho do seu coração, nos guarde com carinho, assim como nós nunca a esqueceremos.

É difícil quando nos afeiçoamos aos gatos dos vizinhos e, depois, eles vão embora.

 

 

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Ainda assim, custa o dobro, saber que houve outros vizinhos que partiram, e deixaram por cá, abandonada, a sua gata prestes a ter bebés, como é o caso da Mia.

 

Triste vida, a de alguns gatos...

 

Até um dia, Miss Esparguete! 

Um gato perdido no prédio

Uma noite destas, por volta das 4 horas da manhã, ouço miar. Primeiro pensei "deve ser o Rafael!" Depois o som continuou, e resolvi ir ver à sala se eles estavam bem. E lá estavam os dois aninhados em silêncio. Percebi que o miar vinha da porta de fora. Pensei "que estranho", voltei para o quarto, deitei-me. O marido acorda e pergunta-me quem está a miar. Digo que é no corredor do prédio. Ele diz "foi algum dos teus afilhados que veio atrás de ti e ficou fechado, vai lá abrir a porta!" Digo logo que não vou, que tenho medo, e que achei estranho o bicho estar logo a miar à nossa porta quando há mais habitantes. Além disso, até lhe disse que havia outra vizinha com gatos.

Entretanto, no dia seguinte encontrei a tal vizinha na entrada do prédio,  perguntei se tinha se passado alguma coisa com os seus gatos. foi quando ela me contou que a gata tinha desaparecido às 22 horas, e que ela e o filho andaram duas horas à procura pelo prédio, e não a tinham achado, mas que ás 7 horas da manhã estava à porta.

Eu disse que ela tinha estado à minha porta e a vizinha disse que certamente foi por eu ter gatos machos. Entretanto, entra outro vizinho no prédio, que diz que também ouviu miar,  abriu a porta e ela entrou-lhe pela casa a dentro. Devia de estar desesperada, digo eu.

A vizinha pediu desculpa pelo incomodo, e ainda nos rimos da situação, que felizmente acabou por ter um final feliz!

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A Mia

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A Mia veio para a casa dos meus vizinhos, para substituir a Kikas, a sua anterior gata, que morreu atropelada.

Nos primeiros meses, a Mia estava em casa. Não a deixavam sair à rua. Talvez por prevenção, por receio, tendo em conta o que tinha acontecido à Kikas.

 

Dizia a dona, e eu pude mais tarde comprovar, que a Mia é arisca!

O meu marido tentou fazer-lhe uma festa, e ela mostrou-lhe logo as garras.

Até para a própria dona ela se assanha.

 

 

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Mais tarde, começou a ir até ao quintal.

Lá o Branquinho tentou a sua sorte, com mais uma felina do bairro. Volta e meia, andam juntos. Outras vezes, em guerra. Com ela, ninguém faz farinha!

 

 

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Ultimamente, à semelhança do Branquinho e da outra pequenita, são várias as vezes que a vemos por ali na rua, já com mais liberdade. E com mais riscos de lhe acontecer alguma coisa.

 

 

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Hoje, deu-lhe para isto!

Já se aproxima mais das pessoas, e passou um bom bocado a rebolar-se ali ao pé de mim.

Provavelmente, queria festas. Mas confesso que ainda não me atrevi!

 

 

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Quando os gatos dos vizinhos nos pregam sustos

A imagem pode conter: gato e ar livre

 

No último feriado, estava eu a ir despejar o lixo, quando vi este menino deitado debaixo do carro da vizinha. 

À vinda para trás, baixei-me para falar com ele.

 

 

Estava muito quieto, sossegado, todo enroscado.

É certo que estava um vento doido e ali sempre estaria abrigado, mas estranhei não se manifestar como é costume. Os olhos mal abriam. Até os fechou ainda mais. Fiquei preocupada.

Pensei que o gato estivesse doente. E até fui chamar a minha filha para o ver.

 

 

Quando me baixo novamente, para mostrar à minha filha como estava letárgico, eis que ele começa a espreguiçar-se como habitualmente, e a rebolar de um lado para o outro, de barriga para cima, para receber festinhas!

 

 

Pregou-me um susto, mas felizmente foi só isso!

 

 

 

Quando nos sentimos responsáveis por gatos que não são nossos

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Quando adoptamos um animal, assumimos essa responsabilidade para com ele, enquanto partilhar a sua vida connosco. É algo óbvio.

Mas, quando nos começamos também a sentir responsáveis por animais que não são nossos, mas que connosco convivem diariamente?

 

 

O Branquinho é o gato dos vizinhos da frente, do qual já falei aqui várias vezes.

Nos últimos dias, parece-me que tem passado as noites na rua. Antes das 7 da manhã, já ele está à nossa porta a miar, ou à janela. Não acredito que os seus donos se levantem assim tão cedo, que tenham aberto a porta e ele tenha saído, por isso, deduzo que tenha ficado na rua desde o dia anterior.

 

 

Porque é que ele mia?

Porque quer comer, também. Mas, sobretudo, porque quer entrar em casa, porque quer atenção que não recebe de outro lado. Porque quer mimos e festinhas.

O Branquinho acompanha-nos ao lixo, e de volta a casa, e deita-se no chão pelo caminho, a rebolar-se e pôr-se de barriga para o ar, para lhe fazermos festinhas.

O Branquinho acompanha-nos a casa dos meus pais. E é engraçado como ele sabe, naquela rua com várias casas, qual a porta para a qual estamos a ir, e lá está quando nós chegamos.

Por descuido nosso, e atrevimento dele, já entrou algumas vezes, tanto numa, como noutra casa! E gruda mesmo! É preciso pegá-lo ao colo (e bem gordito e pesado está), senão não sai.

O Branquinho acompanha-nos numa parte do caminho, quando vamos para a escola/ trabalho. Por vezes, fica parado na porta dos meus pais, e ver-nos ir, e quando percebe que não vamos voltar, volta para perto da sua casa. 

Outras, arrisca-se a ir um pouco mais à frente, mas sabe que só pode ir até ali, e volta atrás.

Mas, hoje, ele arriscou-se, e quase nos provocou um ataque de pânico. Apesar de um senhor, pelo caminho, o estar a chamar, ele continuou a vir connosco até a um cruzamento perigoso.

Sabia que ele não tinha fome, porque tinha uma caixa com ração à nossa porta, e não comeu, mas como levava um saquinho com ração para os gatos da colónia, lembrei-me de, ali no degrau de uma casa abandonada, pôr um pouco, a ver se ele ficava por ali.

Só que o Branquinho não deu por isso e, quando a minha filha deu mais uns passos, ele foi atrás dela para a estrada. Percebemos o som dos carros a vir e pensámos "vai ser já atropelado".

Por acaso teve sorte, os carros passaram ao lado. Sim, porque ele nem saíu de onde estava. E eu fiquei parada, porque ao mínimo movimento, ele podia assustar-se, e acontecer o pior.

Só quando vi que não vinham mais carros é que fui ter com ele, e só então ele saíu dali e, talvez com o susto, voltou para trás.

 

 

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É certo que foi, em parte, por nos conhecer e vir atrás de nós, que se colocou em perigo mas, e quando não estiver ninguém por perto?

Como é que deixam um gato, que é nitidamente, um gato para estar em casa, andar nas ruas desta forma, todo sujo, à chuva e ao frio, à guerra com os gatos da vizinhança ao ponto de ter o focinho todo ferido?

E para nós, que somos apaixonados por gatos e lidamos com ele todos os dias, é difícil não nos sentirmos responsáveis por ele.

É difícil não pegar nele, dar-lhe um tratamento à altura, levá-lo ao veterinário e ficar com ele.

Mas ele tem donos. Péssimos, mas tem. E como dizer a alguém com quem até nos damos bem, que lhe ficámos com o gato porque essa pessoa, pela forma como o trata, perdeu quaisquer direitos sobre ele? Que a forma como acham que o gato deve viver, não é a mais correcta, e que nós é que estamos certos, e eles errados?

Além de que, se realmente nós, ou qualquer outra pessoa, lhes ficasse com o gato, o mais certo seria arranjarem outro, e tudo se repetir.

 

 

Por isso, vamos esperando que ele se vá aguentando um dia após o outro, sem nos chegar a notícia de que apareceu sem vida, por aí, como aconteceu à Kikas.

Descansa em paz, Lassie!

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É incrível como nos afeiçoamos aos animais, mesmo àqueles que nem sequer nos pertencem, mas com os quais acabamos por conviver no dia-a-dia, e que já fazem parte da nossa rotina.

 

A Lassie era a cadela mais velhinha da rua. Diz, quem se lembra dela desde pequena, que deveria estar perto dos 20 anos. As histórias que deveria ter para contar!

Eu lembro-me vagamente dela, há mais de uma década. Depois, houve uma fase em que ela não saía do seu quintal, raramente se via, e eu não estava tão ligada aos animais como hoje, por isso, não prestava muita atenção.

 

Até que, no ano passado, ela começou a vir até perto da minha porta, muito magrinha, negligenciada e com fome. Foi nessa altura que comecei a dar-lhe ração, e a observá-la com outros olhos. Estava, provavelmente, doente. O veterinário chegou a ir até à casa dos donos, para a ver. Andou uns tempos com funil e um penso na pata. Depois melhorou. Ultimamente, voltou a andar com o funil durante uns dias. Via-se que os donos estavam apenas à espera que a morte a levasse.

 

Foi das cadelas mais mansas e meigas que conheci. Gostava dela! Notava-se que já nem via bem, e tinha muitas vezes que a guiar até à comida que, a certa altura, já nem forças tinha para comer.

Nos últimos dias de 2017, e no início deste ano, comentei com a minha filha e o meu marido que achava estranho ela não aparecer, e passou-me pela cabeça que tivesse falecido, porque já não a via há vários dias.

Até que, na semana passada, a vi pela janela. Muito murcha, ainda mais magra e encolhida a tal ponto que, por momentos, me pareceu que lhe tinha sido amputada a pata. Mas foi apenas ilusão de óptica. Custou-me vê-la assim, mas fiquei aliviada por estar viva.

 

Hoje, recebi a notícia de que a Lassie partiu, não está mais entre nós...Acabou-se a dor e o sofrimento dela.

A Lassie não era minha, mas nem por isso deixei de ficar triste com esta notícia. Nem por isso deixamos de nos afeiçoar, e de sentir a sua perda.

Ainda tenho em casa um restinho da ração que lhe dava. E o que ela gostava de comer a ração dos gatos, e de lhes roubar a comida, quando a via no prato!

 

Por aqui, serás sempre lembrada e recordada com carinho...O carinho que te faltou, provavelmente, nesta última fase da tua vida...

Hoje, uma parte do meu coração está de luto por ti.

 

Descansa em paz, Lassie! 

 

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